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Gripe: para médico, uso de álcool nas mãos não é essencial

1 set 2009 - 17h28
(atualizado às 22h47)
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O presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), Jorge CarlosMachado Curi, afirmou que o álcool gel não é essencial para a higienização das mãos para evitar a contaminação pelo vírus Influenza A (H1N1), que causa a gripe suína. Ele disse que basta apenas lavar bem as mãos com água e sabão neutro. Curi alertou para o uso indiscriminado do álcool gel.

"Apesar de não se espraiar da mesma forma que o álcool líquido, esse produto também incendeia com facilidade, favorecendo a ocorrência de acidentes, principalmente, com crianças e mesmo com adultos", disse. De acordo com Machado Curi, os profissionais da área médica de várias especialidades há algum tempo alertam, por meio de campanhas, para a necessidade de reduzir o uso do álcool líquido, uma ação que, na opinião dele poderia também ser aplicada no caso da versão na forma de gel.

Parceira da APM e de outras entidades nessas campanhas, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor defende a aprovação do Projeto de Lei 692/2007, que proíbe a venda do álcool líquido para fins domésticos. "É um produto muito perigoso, facilmente inflamável e responsável pelamaior parte dos acidentes com queimaduras em nosso País", informou, pormeio de um comunicado.

Embora as campanhas estejam voltadas para a restrição do uso do álcoollíquido, Associação Brasileira de Defesa do Consumidor alega que as análises feitas pela entidade comprovaram que, mesmo na forma de gel, o perigo de acidentes existe e que, nestes casos, as crianças são sempre as maiores vítimas.

No setor de atendimento a pacientes com queimaduras no Hospital dasClínicas de São Paulo, no entanto, não há o registro de casos frequentes de vítimas de queimaduras com álcool gel, segundo informou o médicoresponsável pelo departamento, David Gomes.

Ele disse que entre 12 a 15% dos casos de queimaduras têm origem no uso de álcool líquido. Já os atendimentos causados pelo uso inadequado do produto na forma de gel são raros com apenas dois registros até hoje. O médico também concorda com os especialistas que para higienizar bem as mãos"bastam água e sabão".

Agência Brasil Agência Brasil
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