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Especialista: 2ª onda da gripe suína não deve ser mais forte

31 ago 2009 - 19h05
(atualizado às 19h44)
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O professor e pesquisador Cesar Victora, presidente-eleito da Associação Epidemiológica International (IEA) para o período 2011/2013, afirmou que a segunda onda da gripe suína no Brasil não deverá ser mais grave do que esta primeira, que começa agora a reduzir o número de infectados. De acordo com o secretário da Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, a segunda onda deverá chegar no País em dois ou quatro meses, ou seja, em pleno verão brasileiro.

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"Pelo que já indicam os resultados preliminares dos países que já estão enfrentando essa segunda onda - como os da Europa e os Estados Unidos-, essa segunda onda não parece ser mais grave do que a primeira. Quando ela é mais grave? Quando há uma mutação e o vírus se torna mais mortal do que era na primeira onda. Dessa vez, felizmente, parece que isso não está ocorrendo", disse Victora. De acordo com o secretário, até o momento, não há nenhum sinal de mutação do vírus.

Segundo Terra, algumas atividades da mobilização serão encerradas - como as tendas e os contêineres na frente dos hospitais e o Disque-Gestante. "Tivemos seis chamadas no Disque-Gestante nas últimas 24 horas. Diminuiu muito a demanda. Mas os serviços estarão prontos a funcionar caso seja necessário."

Centro de pesquisa
O secretário da Saúde afirmou nesta segunda-feira que está acertando com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e com universidades a criação no Estado do primeiro grande Centro de Pesquisa e Acompanhamento de Influenza do Brasil.

"É o Estado mais atingido. É o Estado que tem hoje o maior conhecimento nesta área através dos seus pesquisadores, de seus cientistas e do seu pessoal da área da saúde. E a Fiocruz está disposta a bancar o centro aqui no Rio Grande do Sul", disse Terra.

Tamiflu

A secretaria de Saúde do Estado está avaliando o grau de eficácia do Tamiflu em pacientes nas Unidades de Tratametno Intensivo (UTI). Segundo o secretário, 40% das pessoas que internaram nessas unidades receberam o medicamento nas primeiras 48 horas, outros 40% depois das 48 horas e 20% não tomaram o medicamento.

De posse dos dados preliminares, Terra disse que o Tamiflu, aparentemente, reduz os sintomas nos casos mais leves. "Pelo que estamos vendo num levantamento inicial ele não evita o agravamento da doença como nós gostaríamos que ele evitasse."

Fonte: Redação Terra
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