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Atendimentos por gripe caem até 70% na capital paulista

30 ago 2009 - 11h55
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O declínio na onda de gripe suína tem refletido na queda dos atendimentos médicos por suspeita da doença. Nos hospitais São Paulo e das Clínicas e no Instituto Emílio Ribas, na capital paulista, a redução nas internações, exames e retirada de remédios chega a até 70% comparada com o auge da pandemia, entre o final de julho e início de agosto.

O diretor do Instituto Emílio Ribas, David Uip, afirma que o número de atendimentos chegou ao marco de 350 em um único dia no mês de julho, com média diária de 250. Atualmente, o hospital é procurado por no máximo 130 pacientes em dias úteis e ainda menos no fins de semana. "Estamos a poucas semanas do final desta onda de gripe no País", disse o médico.

No Hospital São Paulo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a queda também é expressiva. De 170 a 250 atendimentos, o ambulatório de gripe do hospital reduziu para 50. "O clima já favorece o retrocesso no contágio e isto se reflete na procura pelos pronto-socorros", diz o coordenador do programa de atendimento por gripe suína da unidade, Eduardo Medeiros.

Os dois médicos concordam em dizer que o término do inverno tem grande influência na diminuição das internações e em que a tendência é que o contágio pela doença caia ainda mais. "O vírus circulou bastante e já aprendemos alguma coisa sobre ele para podermos reagir melhor no ano que vem", acredita Medeiros.

Uip afirma que a melhor "herança" desta primeira onda de gripe no mundo é a identificação dos grupos de risco e, no caso do Brasil, estabelecer a parceria entre as redes pública e privada no combate ao vírus. "Não acho que o Brasil falou pelo recorde no número absoluto de mortes. Perder vidas é terrível, mas o que foi feito no País foi adequado", defende.

Declínio no hemisfério sul

A Organização Mundial da Saúde (OMS) detectou na sexta-feira o declínio da doença no hemisfério sul, particularmente na Argentina, Chile, Austrália e Nova Zelândia. Segundo a entidade, os países aparentam ter "superado o pico de atividade gripal" e retornam a níveis inferiores de transmissão. A tendência é que a onda passe a atingir o hemisfério norte, que se aproxima de seu inverno.

A OMS informou que pelo menos 2.185 pessoas já morreram por causa da gripe A, enquanto mais de 209 mil foram infectadas. Segundo a atualização de dados que a OMS realiza semanalmente, o continente americano continua sendo de longe o mais afetado, com mais de 110 mil casos confirmados e 1.876 vítimas fatais. A Europa vem em seguida, com 42.557 casos e 139 mortes.

O último balanço do Ministério da Saúde, divulgado na quinta-feira, informa que houve 5.206 casos de influenza A (H1N1) no País, com 557 mortes. São Paulo é o Estado com maior taxa de mortalidade e número absoluto de óbitos: respectivamente, 40% e 223.

A pasta afirma que há redução no número absoluto de casos na Semana Epidemiológica (SE) 33, de 16 a 22 de agosto, e que a tendência já havia sido observada na SE 32, de 9 a 15 de agosto.

Fonte: Redação Terra
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