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Estudo: gripe suína descende da espanhola; letalidade caiu

29 jul 2009 - 17h19
(atualizado em 30/7/2009 às 14h24)
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Foi comprovado que a variante do vírus A (H1N1) que hoje infecta mais de 130 mil seres humanos no mundo e já matou mais de 800 é uma descendência direta da que provocou a chamada gripe espanhola em 1918. Segundo um estudo publicado no último dia 16 nos Estados Unidos, a gripe suína é a quarta geração do vírus (H1N1) que matou centenas de milhares após a 1ª Guerra Mundial e sua letalidade diminuiu após mutações.

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A pesquisa, realizada por quatro acadêmicos americanos, tem o título "O Legado Persistente do vírus Influenza de 1918" (em tradução livre) e foi publicada no The New England Journal of Medicine. O estudo parte do princípio de que o vírus de 1918 foi o primeiro (H1N1) a conseguir se "hospedar" em animais e inaugurou uma era de pandemia mundial de gripe. Ao longo das décadas, o vírus foi repassado entre seres humanos e destes para animais domésticos, como porcos e galinhas. Neste processo evolutivo o vírus passou a matar menos humanos.

A taxa de mortalidade da pandemia de 1918 foi de 598 mortes para cada grupo de 100 mil pessoas. A pandemia seguinte, de 1928, matou 96,7 dentro do mesmo universo. Já a de 1934, mataria 52. O surto de 1957 teve mortalidade de 40,6 e o de 1997 voltaria a crescer para 49,5, para cair a 17,1 em 2003. O estudo não apresenta dados consolidados sobre o atual surto de gripe. A diminuição na taxa de mortalidade é atribuída à dinâmica entre o aumento da resistência humana ao vírus e suas mutações.

Convidado pelo Terra a comentar o trabalho, o diretor do Instituto Emílio Ribas disse que as conclusões são comprovadas em seu trabalho diário. "Vivemos a era pandêmica mundial", disse. Segundo o médico, a menor taxa de mortalidade do vírus é uma combinação entre os progressos da medicina e as mutações genéticas do influenza.

Fonte: Redação Terra
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