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Mundo

OMS: Dispersão de gripe suína pelo mundo não pode ser contida

2 jul 2009 - 23h51
(atualizado em 3/7/2009 às 05h37)
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A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, afirmou, nesta quinta-feira, durante a abertura de um fórum internacional sobre gripe suína, no México, que a dispersão do vírus H1N1 pelo mundo "não pode ser mais contida".

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"Pelo que vemos hoje, com mais de 100 países registrando casos (da gripe), uma vez que uma pandemia de um vírus começa, sua dispersão internacional não pode ser contida", disse Chan, durante a abertura do fórum, na cidade de Cancún.

Afirmando que os cientistas ainda possuem poucas informações sobre a nova gripe, Chan, no entanto, ressaltou que a maioria dos casos registrados até o momento tem sintomas moderados. "A grande maioria dos pacientes tem sintomas leves e conseguem se recuperar totalmente em cerca de uma semana, muitas vezes sem qualquer tratamento médico", afirmou.

Mesmo assim, segundo a diretora da OMS, é preciso acompanhar o desenvolvimento do vírus com atenção durante o inverno no Hemisfério Sul. Ela ressaltou a importância da "vigilância" em relação ao desenvolvimento da doença, ao alertar que "constantes mutações são o mecanismo de sobrevivência do mundo microbiológico e, como todos os vírus de gripe, o H1N1 tem a vantagem do fator surpresa ao seu lado".

Informação

Margaret Chan afirmou ainda que um dos grandes desafios durante a pandemia de gripe suína é manter a população informada, "sem causar alarmismo" e fazendo as pessoas entenderem "quando não precisam se preocupar e quando realmente precisam de cuidados médicos urgentes".

Segundo ela, alguns grupos, como gestantes e pessoas com problemas médicos anteriores, correm mais riscos de desenvolver casos graves da doença.

"Mas há algumas exceções que devem ser foco de atenção. Por razões que são pouco conhecidas, algumas mortes estão ocorrendo entre pessoas jovens e saudáveis. Alguns pacientes apresentam uma deterioração clínica rápida, levando a uma pneumonia viral severa, com risco de morte".

Chan ainda reafirmou a posição da OMS de que restrições a viagens a países afetados "não têm propósito". "Isto (as restrições a viagens) não protege o público, não contém o surto, e não previne a dispersão internacional da doença", afirmou.

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