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Ásia

Vírus H1N1 se aproxima da área afetada pela gripe aviária

5 mai 2009 - 07h49
(atualizado às 08h29)
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O Sudeste Asiático, um dos epicentros da gripe aviária que ressurge a quase cada ano na região, escapou até nesta terça do vírus A (H1N1) da gripe suína, que teve também pouca incidência no resto do continente, com alguns casos na Coréia do Sul e na China.

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No momento em que o número de infectados pela gripe suína supera os 1,1 mil no mundo todo, e países da América e da Europa estão entre os mais afetados, o vírus A (H1N1) está cada vez mais próximo das nações do Sudeste Asiático, cujos Governos tentam impedir que a gripe aviária se propague novamente, ativa principalmente no Vietnã e na Indonésia.

Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), no mundo todo e desde o final de 2003, 257 pessoas morreram por causa da gripe aviária, incluindo 196 nos países do Sudeste Asiático.

A gripe suína, que se originou no México, já chegou até a Ásia, um continente que economicamente depende muito do turismo e da troca comercial, que tem cidades com alta densidade de população e onde alguns Governos de países em desenvolvimento investem pouco dinheiro em infraestrutura de saúde.

Até o momento, a OMS confirmou um caso de contágio humano do vírus A (H1N1) em Hong Kong e outro na Coréia do Sul, ambos em pessoas que recentemente visitaram o México, para onde voltam hoje, em um avião especial, pelo menos 43 mexicanos que foram isolados em Xangai pelas autoridades chinesas.

O avião fretado pelo governo do México deve também fazer escalas em Pequim, Cantão e Hong Kong, onde 270 hóspedes e pessoal do hotel onde foi detectado o primeiro caso de gripe suína passavam o quinto dia de quarentena.

Na Coréia do Sul, as autoridades sanitárias anunciaram hoje o segundo caso de gripe suína, aparentemente o primeiro causado por contágio humano no país, já que a pessoa não viajou para nenhum dos países mais afetados e que convivia com a paciente que foi o primeiro caso no país, informou a agência local Yonhap.

Preocupados com o devastador efeito que a chegada de outro vírus como o H5N1 da gripe aviária pode causar na saúde da população e nas respectivas economias, os sistemas de saúde dos países do Sudeste Asiático estão em estado de alerta máximo.

A OMS reiterou hoje que não recomenda restringir as viagens nem fechar as fronteiras, mas considerou "prudente que aqueles que estão doentes adiem viagens internacionais.

Assim, na Tailândia, passageiros procedentes do México e aqueles com temperatura corporal acima da regular foram colocados em quarentena. Nos aeroportos do Vietnã, Malásia, Cingapura, e Indonésia, as equipes sanitárias realizam exames clínicos nas pessoas suspeitas de estar com qualquer tipo de gripe.

Em Cingapura, onde ainda não foi detectado nenhum caso de pessoa contagiada pela gripe suína e o estado de saúde da população sempre foi uma prioridade do governo, várias escolas pedem que os alunos levem um termômetro para medir a temperatura duas vezes ao dia, como medida de precaução.

Esse é o caso dos estudantes da escola Republic Polytechnic, que são punidos com uma multa de 5 dólares cingapurianos se deixaram de levar o instrumento e são obrigados a colocar os dados na internet para que a direção do centro possa acompanhar o estado de saúde dos alunos.

Se um estudante marca uma temperatura superior a 37,6 durante várias medições, é enviado ao médico. Além da obrigatoriedade de levar termômetro, várias escolas instalaram scanner de medição da temperatura em suas principais entradas e exibem vídeos explicando as precauções que as pessoas devem adotar para evitar o contágio da gripe suína.

EFE   
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