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América Latina

México suspende missas por medo da gripe suína

Igreja celebra missa à portas fechadas em catedral do México

3 mai 2009 - 16h32
(atualizado às 18h36)
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A Igreja Católica acatou as recomendações do presidente mexicano Felipe Calderón e suspendeu as celebrações que seriam realizadas na Cidade do México neste domingo. A atitude partiu através do pedido oficial do governo, que solicitou que não fossem realizados eventos de caráter esportivo, religioso e social capaz de proporcionar aglomerações de pessoas durante os primeiros cinco dias de maio. A única cerimônia realizada na capital do México foi ministrada a portas fechadas pelo cardeal Norberto Rivera Carrera. O país registra 506 casos da doença que matou 19 pessoas em território mexicano.

Sacerdotes usam máscara durante procissão dentro da Catedral da Cidade do México
Sacerdotes usam máscara durante procissão dentro da Catedral da Cidade do México
Foto: Francisco de Assis / Especial para Terra

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"Esta eucaristia será realizada pelas vitimas da epidemia que se alastra em nosso país e em oração pelos seus familiares. Pedimos a graça de Deus para que essa situação de calamidade pública acabe rapidamente, de forma que possamos retomar nossas atividades em segurança", disse Norberto durante a abertura da missa.

A cerimônia foi iniciada pontualmente às 14 h do horário de Brasília e transmitida em cadeia de rádio e televisão no México. Menos de 50 pessoas, entre membros da imprensa e autoridades católicas, foram autorizadas a entrar: "Participo das missas todos os domingos. Nunca havia visto isso, mas aprovo. Estão tomando as medidas preventivas", disse, do lado de fora da igreja, a aposentada Lourdes Alvarado.

Durante todo o domingo, a movimentação nas igrejas do México foi grande. A poucos metros da Catedral da cidade, grupos de católicos se revezavam em orações. Na Igreja São Miguel Arcanjo nenhuma missa chegou a ser celebrada. Apesar disso, as portas ficaram abertas para quem quisesse entrar: "As pessoas estão cientes de que precisamos evitar a aglomeração de publico. Não há missas por aqui, mas quem desejar fazer a sua prece encontra a nossa casa aberta", disse o sacristão Juan Flores.

A proibição das missas dividiu a população: "Me parece um exagero. Não há porque fazer esse tipo de coisa. Se a situação estivesse tão complicada quanto dizem, tenho certeza de que o número de mortes seria bem maior", afirmou a administradora Ermentina Palácio. "Penso que está certo. Temos que acabar de vez com essa epidemia. Tudo o que vem a prevenir tem de ser respeitado", contra argumentou o mecânico Carlos Hernandes.

Fonte: Especial para Terra
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