México suspende missas por medo da gripe suína
Igreja celebra missa à portas fechadas em catedral do México
A Igreja Católica acatou as recomendações do presidente mexicano Felipe Calderón e suspendeu as celebrações que seriam realizadas na Cidade do México neste domingo. A atitude partiu através do pedido oficial do governo, que solicitou que não fossem realizados eventos de caráter esportivo, religioso e social capaz de proporcionar aglomerações de pessoas durante os primeiros cinco dias de maio. A única cerimônia realizada na capital do México foi ministrada a portas fechadas pelo cardeal Norberto Rivera Carrera. O país registra 506 casos da doença que matou 19 pessoas em território mexicano.
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"Esta eucaristia será realizada pelas vitimas da epidemia que se alastra em nosso país e em oração pelos seus familiares. Pedimos a graça de Deus para que essa situação de calamidade pública acabe rapidamente, de forma que possamos retomar nossas atividades em segurança", disse Norberto durante a abertura da missa.
A cerimônia foi iniciada pontualmente às 14 h do horário de Brasília e transmitida em cadeia de rádio e televisão no México. Menos de 50 pessoas, entre membros da imprensa e autoridades católicas, foram autorizadas a entrar: "Participo das missas todos os domingos. Nunca havia visto isso, mas aprovo. Estão tomando as medidas preventivas", disse, do lado de fora da igreja, a aposentada Lourdes Alvarado.
Durante todo o domingo, a movimentação nas igrejas do México foi grande. A poucos metros da Catedral da cidade, grupos de católicos se revezavam em orações. Na Igreja São Miguel Arcanjo nenhuma missa chegou a ser celebrada. Apesar disso, as portas ficaram abertas para quem quisesse entrar: "As pessoas estão cientes de que precisamos evitar a aglomeração de publico. Não há missas por aqui, mas quem desejar fazer a sua prece encontra a nossa casa aberta", disse o sacristão Juan Flores.
A proibição das missas dividiu a população: "Me parece um exagero. Não há porque fazer esse tipo de coisa. Se a situação estivesse tão complicada quanto dizem, tenho certeza de que o número de mortes seria bem maior", afirmou a administradora Ermentina Palácio. "Penso que está certo. Temos que acabar de vez com essa epidemia. Tudo o que vem a prevenir tem de ser respeitado", contra argumentou o mecânico Carlos Hernandes.