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Governo reunirá especialistas para discutir combate à gripe

23 jul 2009 - 20h18
(atualizado às 22h11)
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O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse nesta quinta-feira que especialistas na área de saúde vão se reunir, no dia 3 de agosto, em Brasília, para discutir o combate ao vírus Influenza A (H1N1), que causa a gripe suína.

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O ministério informou nesta quinta-feira que subiu para 34 o número de mortes confirmadas no Brasil. Destas, 16 são no Rio Grande do Sul, 12 em São Paulo, cinco no Rio de Janeiro e uma no Paraná. De acordo com a análise epidemiológica realizada até 22 de julho, a taxa de mortalidade no Brasil é de 0,18 para cada 100 mil habitantes. Até o momento, foram confirmados 1.566 casos da doença no País.

"O governo quer ouvir o que os especialistas têm a dizer sobre a nova doença, suas estratégias de enfrentamento no campo da clínica, da epidemiologia, da vigilância sanitária, do tratamento, da produção de vacinas, da produção de reagentes", afirmou Temporão, que está no Paraguai para um encontro com ministros do Mercosul.

Uma questão preocupa os governos da região: a produção de vacinas contra a gripe suína. Segundo Temporão, há expectativa de que ela já esteja disponível entre outubro e novembro deste ano. Enquanto não desenvolve sua própria vacina, o Brasil aposta na transferência de tecnologia, como já faz com as vacinas do rotavírus e da gripe sazonal.

O ministro disse que o Brasil está negociando com todos os produtores, consultando disponibilidade de estoques e preços e vai explorar sua "relação preferencial" de transferência de tecnologia com o laboratório francês Sanofi Pasteur.

"Nosso caminho é o caminho do acordo. Evidentemente, o Brasil está disposto a defender a segurança da saúde de sua população", frisou Temporão, dando a entender que o país estaria disposto a quebrar a patente da nova vacina.

Temporão também manifestou apreensão quanto ao rendimento da vacina que está sendo desenvolvida. Segundo ele, não será possível fazer vacinação em massa. "Não teremos condições de fazer uma imunização universal, teremos que usar critérios que serão definidos pela OMS".

Agência Brasil Agência Brasil
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