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Espanha apoia envio de mísseis à Turquia com fins unicamente defensivos

4 dez 2012 - 11h44
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A Espanha apoia o envio de mísseis de países da Otan à Turquia com o objetivo de proteger seu parceiro de possíveis ataques procedentes da Síria e com fins unicamente "defensivos", assegurou nesta terça-feira o ministro das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo.

"A Espanha não tem nada que se opor, mas apoiar um aliado fiel como é a Turquia", disse García-Margallo em sua chegada à reunião da Aliança Atlântica que deve dar sinal verde à medida.

A decisão final do desdobramento, lembrou o ministro, corresponderá aos países que contam com mísseis Patriot disponíveis, ou seja, Alemanha, Holanda e Estados Unidos.

A Otan espera que os três respondam positivamente ao pedido de Ancara para reforçar sua defesa aérea, adiantou o secretário-geral da organização, Anders Fogh Rasmussen.

Esse desdobramento foi criticado por países como a Rússia, cujo ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, também estará reunido com os responsáveis dos 28 aliados da Otan.

García-Margallo lembrou que a ação aliada "não terá fins ofensivos" e nem "vínculo algum com zonas de exclusão aérea", por isso que considerou que "deve ser entendida e aceita pela Rússia", que bloqueou as iniciativas europeias sobre o conflito sírio no Conselho de Segurança da ONU.

Perante a situação de insegurança que é vivida em Damasco, a UE decidiu reduzir ao mínimo sua atividade diplomática na capital síria.

A medida, segundo explicou García-Margallo, não afeta diplomatas espanhóis, já que os três que continuavam trabalhando na Síria na embaixada da UE já foram repatriados há dias.

O ministro espanhol reiterou, por outra parte, que dentro de três meses, quando vencer o embargo de armas europeu contra a Síria, será o momento de analisar a possibilidade de armar ou dar material defensivo à oposição.

"Nos colocaremos juntamente com o Reino Unido e com a França e com o resto de nossos aliados para ver qual é a decisão mais sábia nesse momento", indicou.

Além da situação na Síria e suas consequências na Turquia, o Afeganistão voltará a ser o assunto central da reunião ministerial da Otan realizada hoje e amanhã em Bruxelas.

Concretamente, os aliados tratarão do financiamento a longo prazo da segurança no país.

Neste sentido, García-Margallo assegurou que "a Espanha está absolutamente decidida a cumprir com seus compromissos internacionais dentro das restrições orçamentárias que estamos vivendo".

"Temos que definir qual é o cenário de 2014 - quando finalizará a atual operação da OTAN - e qual é a contribuição que a Espanha pode permitir-se pagar a uma missão que considera imprescindível que continue", acrescentou. EFE

mvs/ff

(vídeo) (foto)

EFE   
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