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Silvio Tendler: "Cultura não funcionou nos últimos 4 anos"

Cineasta diz acreditar que a candidatura do PSB tem como ponto positivo o fato de ser “construída coletivamente”

22 set 2014 - 20h24
(atualizado às 20h24)
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Filiado ao PSB, documentarista Silvio Tendler diz que a Ancine se contenta em o País, com mais de 200 milhões de habitantes, ter apenas 15 milhões de espectadores de cinema
Filiado ao PSB, documentarista Silvio Tendler diz que a Ancine se contenta em o País, com mais de 200 milhões de habitantes, ter apenas 15 milhões de espectadores de cinema
Foto: Reprodução

Na semana em que será aberto o Festival de Cinema do Rio - um dos principais do País -, atores, diretores e produtores da área estão mobilizados e de olho nas propostas dos candidatos para o setor audiovisual. Um dos mais engajados documentaristas brasileiros, Silvio Tendler é um desses agentes políticos em busca de ações e investimentos efetivos para a área. Muito pessimista com o quadro atual, aponta problemas na política cultural adotada pelo governo federal e também nas ações da Agência Nacional do Cinema (Ancine) para o audiovisual.

“Nos últimos quatro anos, a cultura não funcionou. A Ancine se contenta em termos menos de 10% dos brasileiros assistindo cinema. O Brasil tem 200 milhões de habitantes e ela se contenta em o Brasil ter apenas 15 milhões de espectadores”, afirmou em entrevista ao Terra na última semana, durante passagem da presidenciável Marina Silva (PSB) pelo Rio, a quem apoia na disputa de 2014.

Diretor de cultuados longas como “Os anos JK” (1980) e “Jango” (1984), Tendler diz acreditar que a candidatura do PSB, partido ao qual ele também é filiado desde o início do ano, tem como ponto positivo o fato de ser “construída coletivamente”. Entusiasta, anteriormente, da campanha presidencial de Eduardo Campos (PSB), morto em 13 de agosto num acidente aéreo, ele explica o apoio a Marina como uma decisão natural, já que ela herdou a vaga como cabeça de chapa. “Eu não poderia ser desleal com a Marina”.  

Mais acesso ao cinema nacional

Cineasta conhecido pela postura combativa e de denúncia aos crimes praticados na ditadura, Tendler acredita que a movimentação de Marina de expor um programa de ações para a cultura motivou a candidata do PT, presidente Dilma Rousseff, a fazer o mesmo. “A Marina marcou um golaço quando criou um projeto para a cultura”, declarou, durante evento na Escola de Cinema Darcy Ribeiro.

Uma promessa que ele espera ver concretizada, em caso de vitória da candidata do PSB, é a ampliação do projeto dos Pontos de Cultura. Neles, o acesso a filmes brasileiros seria impulsionado com a democratização das exibições públicas de filmes nacionais. 

Fonte: Especial para Terra
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