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Padilha promete R$ 5 bi em obras para evitar falta d'água

Candidato petista evitou falar sobre racionamento em São Paulo, e disse que falta transparência a Alckmin

1 ago 2014 - 13h28
(atualizado às 14h13)
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<p>Padilha &eacute; o candidato petista ao governo do Estado de S&atilde;o Paulo</p>
Padilha é o candidato petista ao governo do Estado de São Paulo
Foto: EFE

O candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo, Alexandre Padilha, apresentou, nesta sexta-feira, um pacote de obras e ações para diminuir o impacto da crise de falta d'água, caso seja eleito governador para o período de 2015 a 2018. Durante toda a apresentação, o petista fez questão de criticar a atual gestão do tucano Geraldo Alckmin e disse que não irá “rasgar contratos” e nem anunciar um “pacote de maldades” para a população paulista. Segundo o ex-ministro, um total de R$ 5 bilhões em obras e mais R$ 2 bilhões por ano de sua gestão serão investidos em manutenção e redução de perdas de água.

Apesar dos investimentos, ao ser questionado, Padilha não respondeu se haverá racionamento de água em sua gestão, e disse que irá manter o bônus emergencial de 30% de desconto para quem economizar 20% de água enquanto houver risco, medida adotada pelo seu adversário do PSDB.

“Se eu fosse governador eu já teria tirado São Paulo desse risco real. O que cobramos é transparência, porque racionamento existe em Campinas desde dezembro, em Guarulhos desde fevereiro. O governo já pratica um racionamento real e permanente. Ele rompeu um contrato assinado há 10 anos de execução de obras, redução de perdas. A cada mês você ouve uma fala diferente sobre a situação real. A impressão que dá é que ele espera o dia da eleição para anunciar um pacote de maldades, como cortar a água. Ele só vai assumir o pacote depois da eleição”, afirmou Padilha.

A crise no sistema Cantareira A crise no sistema Cantareira

Entre as obras emergenciais, o ex-ministro da Saúde anunciou a represa de Taiaçupeba, que iniciaria a operação em 2016, a transposição de braço do rio Pequeno para o braço do rio Grande, também para 2016, e a ligação do rio Grande com a Taiaçupeba. Ele disse que muitas dessas obras custariam menos que o valor investido na retirada de água do Vale do Paraíba.

“Essa obra tem um custo financeiro menor e um pacto menor também. Somos contra qualquer proposta que retire água do Vale do Paraíba. Isso é uma demonstração de falta de sensibilidade com o que o Vale do Paraíba representa. Eles precisam muito dessa água para crescer e expandir”, afirmou.

Já em relação às obras estruturais, Padilha prometeu a construção de barragens de Pedreira, além de duas pontes na bacia do Piracicaba/Capivari/Jundiaí, com início de operação em 2018, barragens de Piraí e Campo Limpo, sistema de produção de São Lourenço e sistema adutor PCJ. “É uma solução emergencial diante da falta de obras do governo tucano.”

De acordo com Padilha, o valor do investimento virá dos lucros da Sabesp e do Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC) do governo federal. “Mostramos que os recursos são menores do que tudo que a Sabesp lucrou em 2012. Parte dos recursos é dos lucros que a Sabesp tem, que deveria estar honrando compromissos e não distribuindo para os acionistas de Nova York. Outra parte é através do PAC do governo federal.”

Questionado se era a favor do racionamento de água e se concordava com as medidas adotadas por Alckmin diante da crise de água, Padilha disse que irá priorizar a transparência no assunto em seu governo.

“Sou contra a solução padrão Alckmin que quer jogar na conta do cidadão o fato de ter rasgado um contrato. Ele só recuou (da decisão de colocar uma sobretaxa para o cidadão que gastasse mais água) porque as regras estabelecem que ele deveria assumir a situação de emergência em São Paulo. Prometo transparência total. O que falta ao PSDB é ter soluções inovadoras. Esse conjunto de ações tem impacto imediato em 2015, como reuso, tratamento de esgoto etc. A irresponsabilidade do governador compromete não só o presente”, disse.

O ex-ministro anunciou também que o governo estadual fará campanhas permanentes sobre utilização correta da água, além de incentivo fiscal para empresas que quiserem construir mecanismos para economia do bem.

“Vamos incentivar grandes indústrias a implantar sistemas de reuso através de medidas como isenção fiscal para a compra de equipamentos das estações de reuso. Criar incentivos fiscais para captação de instalações prediais para captação da água da chuva. Faremos campanhas educativas permanentes porque é uma irresponsabilidade do governo iniciar campanhas quando está tão evidente a crise de água, já que a 10 anos atrás ele já havia sido alertado”, disse.

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Fonte: Terra
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