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Padilha discursa com Lula em pátio vazio de montadora no ABC

Candidato do PT esteve ao lado do ex-presidente na Ford, em São Bernardo do Campo, onde Lula encerrou campanha de 2006; ato ocorreu após fim de expediente dos metalúrgicos

5 ago 2014 - 19h25
(atualizado às 19h34)
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Ex-presidente tenta impulsionar popularidade do candidato do PT ao governo paulista
Ex-presidente tenta impulsionar popularidade do candidato do PT ao governo paulista
Foto: Alan Morici / Terra

Escolhida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o encerramento de sua campanha em 2006, a fábrica da montadora Ford, em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo), foi palco de um ato eleitoral do candidato petista ao governo do Estado, Alexandre Padilha, nesta terça-feira, acompanhado de Lula.

Apesar do carro de som e de um público de metalúrgicos historicamente mais próximos da militância petista, tanto Lula quanto o candidato discursaram em um pátio praticamente vazio, já que os funcionários começaram a deixar o local de trabalho pouco depois das 16h. Lula e Padilha subiram no caminhão de som depois das 17h, após gravarem para o horário eleitoral de Padilha, e quando estavam  no pátio cerca de 50 pessoas – entre as quais, cabos eleitorais de candidatos a deputado e interessados em fazer fotos ao lado de Lula.

“Deveria ter sido feita assembleia aqui com os companheiros da Ford que saíram. Acho que o Padilha tem que voltar aqui para fazer uma assembleia e colocar um caminhão de som um pouquinho melhor e a gente transmitir o recado que tem que transmitir”, reclamou Lula. Antes da declaração, o som do caminhão já havia falhado em diversas ocasiões durante discursos de lideranças da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Padilha, apresentado por Lula como “petista muito jovem, médico que foi para a Amazônia cuidar de doenças tropicais em vez de ficar comodamente na avenida Paulista”, foi citado ainda pelo ex-presidente como candidato escolhido por ele e Dilma.

“Estarei muitas vezes com você (Padilha) porque São Paulo é minha prioridade. Já me disseram que você é poste. Gostamos de poste, porque ele acende as luzes”, afirmou Lula, para quem as pesquisas eleitorais “são como casas de apostas”. “Nunca me assustei com pesquisa”, definiu Lula, que não poupou o atual governo de críticas ante a ameaça de racionamento.

“Eles ficam preocupados se vai faltar energia lá em Brasília, e embaixo do nariz deles está faltando água para o povo beber”, reclamou.

"Governo atual não enfrenta o PCC", diz Padilha

Padilha, por sua vez, prometeu aos metalúrgicos uma versão paulista do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do governo federal, pelo qual espera gerar 2 milhões de vagas, e se colocou à disposição dos funcionários “para me ligar e chamar quando tiver ameaça de alguma indústria que queira sair daqui”.

Após o discurso, em entrevista, o candidato falou também sobre o combate ao crime organizado. “Nós enfrentamos o PCC (Primeiro Comando da Capital). Eu tenho coragem de enfrentar, quero ser governador para enfrentar e não fazer como o atual governo do Estado, que não enfrenta o PCC”, declarou.

Amanhã, o candidato terá agendas de campanha a partir das 6h30 em fábricas de Diadema, também na Grande São Paulo.

Fonte: Terra
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