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Lula sobre Alckmin: apelido de picolé de chuchu não é à toa

Em ofensiva para tentar emplacar PT em São Paulo, ex-presidente critica crise da água no Estado e gestão do governador; Padilha comenta ataque tucano e diz que ninguém bate em cachorro morto

24 set 2014 - 00h45
(atualizado às 02h30)
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O ex-presidente Lula participa de comício de Alexandre Padilha (PT) em Guarulhos
O ex-presidente Lula participa de comício de Alexandre Padilha (PT) em Guarulhos
Foto: Débora Melo / Terra

Em mais uma tentativa de  levar a disputa no Estado de São Paulo para o segundo turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o governador e candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB), a quem acusa de fugir das responsabilidades pelos problemas do Estado e não tomar decisão.

“Não é à toa que esse governador tem apelido de picolé de chuchu. É insosso, como se fosse comida sem sal. Nunca fala de nenhum problema do Estado, nunca responde por nada”, disse Lula durante comício de Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo do Estado, em Guarulhos (Grande SP).

Lula ainda citou a crise de abastecimento pela qual passa o Estado e disse que, “quando faltar água”, os tucanos jogarão a culpa no PT. “Eles governam este Estado há 20 anos e não fizeram uma obra para ajudar. Não foram capazes de colocar um copo de água a mais no Cantareira”, disse.  “Quando faltar água aqui em Guarulhos, vão culpar o (Sebastião) Almeida; quando faltar água em São Bernardo, vão por a culpa no (Luiz) Marinho. Daqui a pouco vão jogar a culpa em cima da Dilma”, continuou o ex-presidente.

A participação de Lula nos eventos da agenda de Padilha será intensificada nesta reta final de campanha. Nesta quarta-feira, a 12 dias do primeiro turno, a presença do ex-presidente é dada como certa em uma caminhada em Mauá e, depois, em um comício em Santo André – municípios que, assim como Guarulhos, são governados pelo PT.

Cachorro morto

Pesquisa Ibope divulgada na noite desta terça mostra Alckmin com 49% das intenções de voto, contra 17% de Paulo Skaf (PMDB) e 8% de Padilha. Embora esteja estacionado na disputa, Padilha disse que os recentes ataques que sofreu no programa eleitoral do PSDB mostram que Alckmin “está com medo”.

“Quem ataca é quem está com medo. Ninguém bate em cachorro morto”, afirmou Padilha, que ainda disse que o governador “não tem coragem” de fazer ataques diretos na TV e no rádio e, por isso, contrata um locutor. “Temos que gritar bem alto: chegou a sua hora, Alckmin. Nós vamos virar essa eleição”, encerrou o petista.

Durante o comício, Padilha ainda disse que, enquanto tem orgulho de fazer parte do PT e de ter participado do governo Lula, Alckmin esconde o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de sua campanha.

“Eu digo, em alto e bom som: sou o Padilha do PT, sou o Padilha do Partido dos Trabalhadores, sou o Padilha do Lula. Tenho muito orgulho de ser", declarou, depois de dizer que a “única verdade” do programa de Alckmin é se referir a ele como “Padilha do PT”. “Quem esconde o partido é o atual governador. Eu mostro o presidente a quem eu servi. Quem esconde o presidente a quem serviu é o atual governador.”

Fonte: Terra
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