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Léo Áquilla se candidata em SP: "acham que gay não é gente"

8 ago 2014 - 17h18
(atualizado em 9/8/2014 às 12h26)
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Léo disputa o cargo de deputada federal em São Paulo
Foto: Divulgação

O nome Jadson Mendes de Lima não costuma despertar nenhuma lembrança imediata nas pessoas. Quem está acostumado a acompanhar o universo do entretenimento, no entanto, já deve ter ouvido falar na drag queen Léo Áquilla, que já trabalhou como repórter, apresentadora de rádio e atriz, além de apresentar seus shows performáticos pelo Brasil.

Aos 43 anos, Léo disputa neste ano a eleição para o cargo de deputada federal em São Paulo, pelo PSL, e promete assumir causas das minorias. Em entrevista ao Terra, ela falou sobre suas propostas e relatou o preconceito que sofre na política por conta de sua orientação sexual, sem deixar de atacar o crescimento da bancada evangélica.

“Sempre sofri por isso (ser homossexual), em todos os nichos. Mas estou sendo massacrada pelos evangélicos. Porque eles, uma parte deles, acham que gay não é gente e não merece ser cuidado”, contou a artista. "A candidatura de pessoas ligadas à igreja é um problema para a democracia. Sobretudo porque é cego conduzindo cego”, completou.

Aguarda Feliciano

Candidata a deputada estadual em São Paulo em 2006 e 2010, e a vereadora em 2008, a jornalista contou que decidiu entrar para a política para promover mudanças. “As mudanças que quero causar na comunidade e na educação eu não vou conseguir como artista. Artista é apenas formadora de opinião, eu preciso de poder para contribuir mais efetivamente”, afirmou.

Pós-graduada em jornalismo político, Léo tem propostas focadas na educação e defesa das minorias. “Uma delas é uma delegacia para a minoria. Fui impedida de me hospedar em um hotel aqui em São Paulo. Quando fui à delegacia fazer um BO, riram da minha cara, debocharam da minha dor”, relatou.

“Isso acontece todos os dias e com milhares de pessoas que fazem parte de um grupo minoritário, como negros, deficientes, gays, travestis, obesos, nordestinos e etc. Assim como temos a delegacia da mulher, podemos pensar em uma delegacia, ou atendimento, ligado às minorias”, completou.

Quanto à educação, Léo quer criar uma disciplina extra nas escolas: “é preciso falar de amor nas escolas, já que não se fala mais disso em casa, por falta de tempo dos pais que precisam sair para trabalhar. Meu projeto consiste em inserir uma disciplina a mais no estudo fundamental. Desenvolvi um projeto legal que inclui educação emocional para os alunos. É preciso falar de respeito ao próximo e de amor, próprio e aos demais.”

Confiante na candidatura, Léo ainda afirmou que é fã do presidente norte-americano, Barack Obama, e que não simpatiza com Marco Feliciano, que é deputado federal (PSC-SP) e foi presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias em 2013. “Estou mais confiante do que nunca. Dessa vez o Feliciano terá que nos aturar, bem de pertinho”, disse.

Diferentemente do que foi publicado pelo Terra no dia 8 de agosto de 2014, às 17h18, Léo Aquilla é candidata a deputada federal, e não estadual, pelo Estado de São Paulo. O texto foi corrigido no dia 9 de agosto, às 12h06.

Coligações partidárias: Dilma, Aécio e Eduardo CamposColigações partidárias: Dilma, Aécio e Eduardo Campos

Fonte: Terra
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