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Lindberg é acusado de abuso de poder e pode ficar inelegível

Candidato petista ao governo do Rio é acusado pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-RJ), ao lado do vice na chapa e outros cinco candidatos a deputado

17 set 2014 - 13h57
(atualizado às 21h22)
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<p>Lindberg durante campanha eleitoral na Região dos Lagos. Candidato pode ficar inelegível</p>
Lindberg durante campanha eleitoral na Região dos Lagos. Candidato pode ficar inelegível
Foto: Antonio Pinheiro / Divulgação

O candidato do PT ao governo do Rio de Janeiro, Lindberg Farias, foi formalmente acusado de abuso de poder nesta quarta-feira (17) e pode ficar inelegível por oito anos, além de perder o registro de candidatura ou mesmo o diploma de governador caso eleito. É o que consta na denúncia feita pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-RJ).

Podem sofrer as mesmas penas diante desta acusação o vice de Lindberg, Roberto Rocco (PV), além dos candidatos a deputado federal Jorge Bittar (PT), Edson Santos (PT), e André Taffarel (PT), junto dos postulantes a deputado estadual pelo Rio Gilberto Palmares (PT) e Carlinhos Presidente (SDD).

De acordo com o texto enviado pela PRE-RJ, desde 2012 que Lindberg, junto com os políticos citados, visitam municípios do interior fluminense sob o pretexto de promover a Caravana da Cidadania. Os eventos, de acordo com o relatado pelo promotor regional eleitoral, Paulo Roberto Bérenger, ocorreram em espaços públicos, em câmaras municipais (o que caracterizou também abuso de poder político) e em período vedado a campanha eleitoral.

“As promessas feitas especificamente aos eleitores mais carentes visam cooptar votos, ainda que indiretos, daqueles que anseiam por melhores condições de vida”, avaliou o procurador, que citou ainda vídeos postados na página da Caravana no Facebook com discursos dos candidatos com tom eleitoreiro.

O procurador regional eleitoral sustenta que eventos como a Caravana da Cidadania têm alto custo e caracterizam abuso de poder econômico por seu potencial de desequilibrar a disputa eleitoral. “A atividade nitidamente eleitoreira, travestida de caráter social, se presta a subtrair da Justiça Eleitoral a análise dos verdadeiros custos que uma campanha eleitoral tem. Os custos financeiros dessas intermináveis viagens e reuniões jamais integram as prestações de contas dos candidatos. Não se podendo negar, no entanto, tratar-se de atividade altamente lucrativa do ponto de vista eleitoreiro”, argumentou. 

A assessoria de Lindberg informou que o candidato "está absolutamente convicto de que a ação promovida pela Procuradoria Regional Eleitoral não possui fundamento jurídico".  

Segundo nota divulgada à imprensa, a realização da Caravana da Cidadania, idealizada pelo ex-Presidente Lula e realizada entre os anos de 1993 a 1996, foi reeditada por líderes do PT no Rio de Janeiro para que "potencialidades e desafios regionais" fossem diagnosticados, através do contato com militantes e movimentos sociais.

Os assessores de Lindberg informaram que o candidato "respeita a atuação do Ministério Público Eleitoral, mas espera que a Procuradoria Eleitoral se volte e dê o mesmo tratamento para as realmente sérias, preocupantes e gravíssimas denúncias já constatadas pela Justiça Eleitoral, de abuso de poder, uso da máquina pública e compra de votos, praticadas pelos candidatos Anthony Garotinho e Luiz Fernando Pezão; todas já comunicadas formalmente ao Ministério Público Eleitoral".

Fonte: Terra
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