Justiça pede cassação de Garotinho pela terceira vez
Após um mês de investigações, a Procuradoria Regional Eleitoral (PGE) denunciou o candidato do PR ao governo do Rio, Anthony Garotinho, e seu candidato a vice, Marcio Garcia, por abuso de poder econômico, político, captação ilícita de votos e conduta vedada. Os crimes eleitorais teriam sido cometidos pelo Centro Cultural Anthony Garotinho, em Campos. É a terceira vez que a PGR pede a cassação e a inelegibilidade de Garotinho.
Em uma fiscalização recente, a Justiça Eleitoral encontrou no local grande quantidade de material de campanha do candidato. O Centro Cultura, embora tenha como definição promover cultura e educação, estava distribuindo fraldas e enxovais para pessoas carentes acompanhados de cartões de cumprimento e santinhos com o nome de Garotinho. Uma lista indica que pelo menos 315 gestantes receberam auxílio do centro e que mais 50 estavam na fila de espera. Esse cadastro, de acordo com a PGR, indica abuso de poder político e econômico.
Para a procurador regional eleitoral substituta, Adriana Farias, algumas iniciativas da prefeitura “estavam sendo dirigidas para satisfazer interesses políticos do deputado federal” e queo centro cultural seria “um braço político do candidato a governador.” Garotinho também está sendo processado por abuso nas chamadas Caravanas da Paz e por eventos supostamente eleitorais antes do período permitido pela justiça. O candidato pode ter seus direitos políticos cassados até 2022, caso seja condenado.
