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Garotinho mantém ataques a Pezão, que faz estilo paz e amor

20 ago 2014 - 09h06
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<p>Anthony Garotinho, candidato ao governo do Rio&nbsp;pelo PR</p>
Anthony Garotinho, candidato ao governo do Rio pelo PR
Foto: Daniel Ramalho / Terra

Os candidatos ao Governo do Rio de Janeiro saíram do primeiro debate de TV das eleições 2014, realizado na noite desta terça-feira pela TV Bandeirantes, com o discurso de satisfação com suas performances. Mesmo com a postura de ataque adotada durante todo o embate, de cerca de duas horas, o candidato do PR, Anthony Garotinho, disse que não exagerou nas críticas, apenas “disse o que pensa”. Durante o programa, ele chamou o governador do Rio e candidato à reeleição Luiz Fernando Pezão (PMDB) de mentiroso por duas vezes, assim como o fez em relação ao candidato do PT, senador Lindberg Farias.

“Eu fiz propostas, só que elas não agradam a elite. O debate serviu para o eleitor ver que há um candidato apoiado pelas forças conservadoras, outro que tem por trás de si um grupo forte de televisão, a TV Globo. E o outro que é do mensalão”, disparou, classificando-se como o “candidato do povo”. Sobre as acusações que fez a Pezão de que seria mentiroso, afirmou: “ele  sai desse debate hoje com a possibilidade de deixar de ser Pezão e passar a ser Pinóquio”.

Alvo favorito dos ataques não só de Garotinho mas dos outros concorrentes presentes, Pezão, que estreava num debate eleitoral, disse que esperava as críticas, "normais", segundo ele, quando se trata de um candidato que está no poder. “Não adianta ficar ali batendo boca. Vocês nunca vão me ver ofendendo adversário. Agora, uma hora os candidatos vão ter que parar os ataques e mostrar propostas”. Afilhado político do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), Pezão afirmou que sente orgulho de ter trabalho ao lado do peemedebista.

O petista Lindberg Farias, que também atirou algumas farpas, alega que se diferenciou dos concorrentes durante o debate. Ele afirmou que está “preparado para ser o governador do Rio” e que em 15 dias conseguirá mudar o quadro, graças ao programa eleitoral gratuito no rádio e na TV.  No cenário atual, Lindberg aparece em quarto lugar nas pesquisas de intenção de voto. Segundo o petista, o ex-presidente Lula, seu principal padrinho político, já gravou uma declaração de apoio a sua candidatura. O material deve ir ao ar nesta quarta-feira.  

‘A próxima mentira’

Para o concorrente do PRB, Marcelo Crivella, o debate foi cansativo em certos momentos, já que, segundo ele, “teve muita gente apresentando propostas mirabolantes”.  “Teve candidato prometendo metrô, mas o eleitor sabe que esta mesma pessoa, depois de eleita, esquece tudo e fica a frustração”, afirmou o senador, o mais contido ao longo das duas horas de debate. “No final fica aquela sensação de qual vai ser a próxima mentira”, alfinetou.

Já o candidato do PSol, Tarcísio Motta, ainda desconhecido do eleitorado, afirmou que sua participação serviu para mostrar que “podemos fazer uma política sem guardanapo na cabeça” (alusão à cena em que secretários do ex-governador Cabral foram flagrados em Paris em usando guardanapos como bandanas ao lado do empresário Fernando Cavendish). “Mostramos que o Estado pode investir, e que podemos governar junto com as pessoas”, concluiu, dizendo que não se considera um franco-atirador, mas um elemento surpresa na disputa ao Palácio Guanabara.

Fonte: Terra
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