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Oito temas polêmicos ficaram à margem de debate na TV

Em primeiro debate na TV, questões como legalização do aborto, casamento gay e desmilitarização das polícias não foram discutidas entre candidatos

27 ago 2014 - 10h54
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No primeiro debate entre os presidenciáveis, transmitido pela TV Band na terça-feira, alguns temas polêmicos e intensamente discutidos na sociedade ficaram à margem dos discursos dos três candidatos que lideram a disputa.

A BBC Brasil listou alguns assuntos que receberam pouca ou nenhuma atenção de Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB).

Desmilitarização das polícias

Defendida por militantes de direitos humanos, medida não foi mencionada pelos três candidatos.

Guerra ao tráfico e legalização da maconha

Somente a candidata do PSOL, Luciana Genro, tratou explicitamente dos dois temas, ao pregar uma revisão das políticas atuais em vigor. Ela defendeu descriminalizar o consumo da maconha e trocar o enfoque da repressão ao narcotráfico pela discussão aberta da questão das drogas com a sociedade.

Já Pastor Everaldo, do PSC, disse ser contrário à legalização das drogas.

Os três principais candidatos não trataram do tema.

Legalização do aborto

Único dos três principais presidenciáveis a se posicionar sobre o tema, Aécio Neves disse ser contrário à alteração da legislação em vigor, que prevê a possibilidade de aborto apenas em casos excepcionais - se a gravidez oferece risco à mulher, for resultado de um estupro ou se o feto for anencefálico.

Eduardo Jorge, do PV, disse ser favorável à legalização do aborto, enquanto Pastor Everaldo, do PSC, afirmou ser contra.

Casamento gay e direitos LGBT

Os três principais candidatos não trataram do tema.

Luciana Genro (PSOL) criticou Pastor Everaldo (PSC) pela atuação dele no Congresso para barrar iniciativa contra a discriminação sexual nas escolas.

O candidato do PSC defendeu que o casamento só seja permitido "entre homem e mulher".

Cotas raciais

Tema não foi tratado por nenhum candidato no debate.

Redução da maioridade penal

Somente Pastor Everaldo (PSC) e Levy Fidelix (PRTB) se posicionaram sobre o tema, ambos favoravelmente à medida.

Reforma agrária

Apenas Luciana Genro (PSOL) abordou a questão, defendendo a medida.

Política externa

Única menção direta ao tema ocorreu quando Pastor Everaldo (PSC) questionou Dilma sobre financiamento do governo brasileiro à construção de um porto em Cuba e seus laços com o governo cubano (que ele chamou de "ditadura cubana"). A presidente disse que o financiamento favoreceu empresas brasileiras e gerará benefícios ao Brasil.

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