Com as cabeças mais frias, depois da ansiosa espera pelo fim da apuração dos votos no primeiro turno, os candidatos a governador do Rio Grande do Norte, Fernando Freire (PPB) e Wilma de Faria (PSB), reapareceram ontem na televisão, abrindo os braços para receber apoios no 2o turno das eleições.
Os dois deverão repetir, para os eleitores, as idéias e planos de governo transmitidos no primeiro turno. Com a diferença, de que no guia eleitoral, terão tempos iguais para o debate político: dez minutos.
Fernando Freire reafirma o que disse na noite de domingo, chama a ex-prefeita para ampliar o debate, além de achar que a sociedade "já está encontrando a acomodação natural" e decidir com quem fica no segundo turno. Segundo ele, o objetivo principal do seu governo é "diminuir as distorções que separam os mais ricos e os mais pobres do Rio Grande do Norte". Uma de suas propostas, afirma o governador, é a apresentação do orçamento regionalizado. "Queremos identificar na fonte as necessidades da população", explicou o governador, que condiciona a liberação dos recursos e a execução dos projetos ao Orçamento Geral do Estado, que está para ser votado na Assembléia Legislativa.
A ex-prefeita Wilma de Faria também é comedida em falar sobre alianças políticas e partidárias para o segundo turno. Mas, não nega que está aberta a todas as conversas, inclusive com o senador José Agripino Maia (PFL), recém eleitor para o Congresso Nacional.
Wilma de Faria já fala em votar em Lula para presidente da República, no segundo turno, confirmando conversas telefônicas feitas com o deputado do PT paulista, José Dirceu. "Naturalmente, esse deve ser o nosso caminho, pois estamos no mesmo campo ideológico, posicionando-se contra a política econômica do presidente Fernando Henrique Cardoso."
Esse é um assunto que deverá ser tema de uma conversa da direção do PT do Rio Grande do Norte, que está sendo defendida, inclusive, pela deputada estadual Fátima Bezerra, agora eleita deputada federal. Mas, a ex-prefeita aposta mesmo, é "na parceria feita com a população", o que pressupõe, de antemão, qualquer compromisso preliminar com grupos ou partidos políticos que venham apoiá-la no segundo turno, a 27 deste mês. "Não queremos discutir alianças, mas um diferencial para um Rio Grande do Norte mais feliz".
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