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Luciana Genro manda Gentili estudar e vira sucesso na web

Criticada por ser "comunista", candidata do Psol rebateu dizendo que o apresentador desconhece o assunto

16 set 2014 - 10h21
(atualizado às 13h37)
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China, Cuba, Coreia do Norte. Em todos esses lugares horríveis as pessoas seguiam Marx.

— Não! Não seguiam. Coitado do Marx! Ele se revirara na tumba cada vez que falavam o nome dele.

— Que homem horrível para se comunicar então, não acertou uma...

— E o capitalismo tu acha que acertou alguma? Só acha que sim porque tu tá em uma situação privilegiada. Se tu tivesse na ocupação que visitei hoje, morando em um barraco, tu ia achar que ele fracassou também.

— Eu ia é estar sendo fuzilado se fosse comunista!

— Isso não é comunismo, Danilo. Se tu estudasse um pouco mais ia conhecer o assunto.

Entrevista de Luciana Genro a Danilo Gentili ganha destaque na web
Entrevista de Luciana Genro a Danilo Gentili ganha destaque na web
Foto: Twitter / Reprodução

O diálogo acima aconteceu entre Luciana Genro (Psol) e Danilo Gentili nesta segunda-feira. A candidata foi a primeira presidenciável a participar do programa The Noite, comandado pelo apresentador no SBT. A entrevista, que durou 20 minutos e contou com o músico Roger Moreira, foi um dos tópicos mais comentados no Twitter – especialmente por essas e outras “tiradas” da entrevistada.

Logo no início da conversa, ela se posicionou a favor da descriminalização da maconha e defendeu um projeto que trata do tema criado pelo deputado federal Jean Wyllys. Questionada se já usou algum tipo de droga, não desconversou.

“Drogas legais eu uso. Uso álcool e já fumei cigarro, mas parei. Fazia muito mal para minha garganta. E usei ilegais na adolescência, mas depois que fui eleita deputada, com 23 anos, achei que não poderia mais. Como parlamentar eu não poderia me envolver com negócios ilícitos. Mas não escondo, fumei maconha quando era jovem”, assumiu.

Em seguida, Luciana ouviu discursos de Danilo e também de Roger, integrante da banda Ultraje a Rigor e da equipe do programa, sobre o "fracasso" do socialismo em nações que tentaram colocá-lo em prática. O músico chegou a dizer que esses regimes “já mataram mais de 80 milhões de pessoas no mundo” e que “velhões babões” ainda acreditam neles. 

“Não me identifico com experiências que se chamavam socialistas e não eram. A ideia do socialismo é uma ideia generosa de igualdade e liberdade. Não é ditatorial. Embora o capitalismo também mate... Muito se fala dos assassinatos cometidos por regimes ‘stalinistas’, mas pouco se fala dos provocados pelo capitalismo, seja pelas guerras, pela fome, pelo desemprego. Em nenhum lugar do mundo temos um modelo a seguir, temos que construir o nosso. Por isso botamos o nome de socialismo e liberdade no nosso partido, para diferenciar de experiências autoritárias”, afirmou, desconstruindo as falas de ambos. 

Outro músico da banda, então, resolveu fazer outra pergunta à convidada. Ele questionou o fato de alguns membros do Psol, incluindo o candidato carioca Marcelo Freixo, terem supostamente se posicionado a favor da tática black bloc nas manifestações de julho do ano passado. Mais uma vez, Luciana teve que se impor para desmentir informações equivocadas. 

“Teu discurso está totalmente errado. Primeiro, nem o Psol nem o Freixo nem nenhuma outra liderança defendeu os black blocs. Dá uma 'googlada' que você encontra declarações nossas dizendo que não concordamos com violência”, concluiu.

Danilo finalizou dizendo que ela deveria contar uma piada ao público em 30 segundos. A candidata disse que não sabia, então iria pedir votos. "Não deixa de ser uma piada", finalizou o apresentador. 

Sandra - deselegante
Sandra - deselegante
Foto: Twitter / Reprodução

Terra Eleições

Dando sequencia à série de sabatinas do Terra Eleições, Luciana Genro será entrevistada nesta quarta-feira (17) a partir das 14h. Participe enviando sua pergunta para o e-mail pergunteaoterra@corp.terra.com.br. Você ainda pode mandar a perguntas pelos comentários durante a apresentação do programa.

Fonte: Terra
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