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Eleitor morre após abandonar comício de Marina no Piauí

Com a demora da chegada da presidenciável, o eleitor resolveu ir embora por volta das 23h30, quando passou mal e teve um infarto a cerca de 100 metros do local do encontro

14 set 2014 - 11h55
(atualizado às 11h56)
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<p>Marina tinha comício marcado para às 19h30 em Teresina, mas só chegou por volta das 23h30, após atraso na agenda política na Paraíba</p>
Marina tinha comício marcado para às 19h30 em Teresina, mas só chegou por volta das 23h30, após atraso na agenda política na Paraíba
Foto: Yala Sena / Especial para Terra

Na noite deste sábado, um comício da candidata à Presidência da República Marina Silva (PSB) em Teresina (PI) aconteceu em meio a atrasos de cerca de 4h e o registro de uma morte de eleitor. Luiz Maria de Sousa, 69 anos, presidente do grupo de idosos do bairro Cerâmica Cil II, morreu de infarto no meio da rua.

Com a demora da chegada da presidenciável, o eleitor resolveu ir embora por volta das 23h30, quando passou mal e teve um infarto a cerca de 100 metros do Theresina Hall, onde acontecia o evento. Ele estava com um amigo, que acionou a ambulância do Samu, mas não houve tempo de socorro.

Marina tinha comício marcado para às 19h30 em Teresina, mas só chegou por volta das 23h30, após atraso na agenda política na Paraíba. A demora esvaziou o comício na capital piauiense.

Minuto de silêncio

No início de sua fala, Marina pediu um minuto de silêncio em homenagem a Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco que morreu no dia 13 de agosto em acidente de avião. A presidenciável disse que ela e seu vice, Beto Albuquerque, representam o legado de Campos e lembrou a expressão que seu ex-companheiro de chapa costumava dizer: "Em momentos difíceis, não se pode largar o serviço".

Marina reclamou do pouco tempo na TV e disse que seus adversários temem sua vitória. “Eles estão tremendo que nem vara verde”, disse.

Críticas a Dilma

A candidata à reeleição Dilma Rousseff foi alvo de críticas de Marina. "Eu não acredito que a presidente Dilma faça o que ela está fazendo comigo sem sentir dor na consciência. Os marqueteiros de Dilma dizem pra ela desconstruir a minha campanha, mas nós vamos ganhar a eleição. Eles estão apavorados", falou.

A candidata do PSB atacou a política econômica do governo federal e disse que a presidente Dilma Rousseff "trata tudo com arrogância e não reconhece seus erros".

A candidata garantiu que será a primeira mulher negra na Presidência da República e voltou a se comparar com a árvore biorana da Amazônia. "É uma árvore de madeira grossa, que nem a machadadas ela cai, sai faísca e não cai"

Marina voltou a afirmar que não vai acabar com o Bolsa Família, pelo contrário, quer ampliá-lo. "O governo federal faz terrorismo. Vou preservar as coisas boas do governo do PT", garantiu.

A presidenciável afirmou que tem sido agredida, caluniada, mas não irá respondê-los. "Não vou fazer o jogo sujo, vou oferecer a outra face...vamos continuar respeitando os adversários, falando a verdade. Não vamos nos transformar naquilo que  combatemos. É preferível sofrer uma injustiça, do que praticar uma injustiça", declarou.

Comparada com Obama

Ao ser questionada sobre a comparação feita pela imprensa internacional que o compara ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, Marina disse que sabe o tamanho que tem.

“Obama é uma liderança mundial, global. Eu não quero ter nenhum tipo de atitude pretensiosa. Eu sou uma pessoa que tem 30 anos de luta... Eu sei exatamente o que eu sou", disse a candidata.

"Não sou uma pessoa pretensiosa e tenho muito respeito pelas lideranças globais, mas sou apenas uma pessoa que não se acomoda. Não sou otimista e nem pessimista. Sou persistente. Não vou fazer comparação com pessoas que são muito grandes e respeitadas”, afirmou Marina.

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Fonte: Especial para Terra
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