Dilma diz que governo foi fundamental para avanço no campo
A presidente Dilma Rousseff (PT), que concorre à reeleição, disse nesta quarta-feira que as ações do governo, principalmente ampliando e barateando o crédito, foram fundamentais para o crescimento do agronegócio no País, evitando fazer promessas para os representantes dos agricultores caso reeleita.
"Em 2003, quando o (ex-presidente) Lula assumiu, nós recebemos um Plano Safra de R$ 20,5 bi para toda produção do agronegócio", disse Dilma em evento organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com os três principais candidatos à Presidência.
"Os juros variavam entre 8,75% no custeio até 11,95%, quando era em investimento", prosseguiu.
"Hoje tenho muito orgulho que na atual safra nós colocamos à disposição dos produtores o maior e mais completo Plano Agrícola. São R$ 156 bilhões, um crescimento real de 259%", explicou. "Os juros de 4,5% para investimento até 6,25% para custeio", acrescentou.
Dilma tratou das principais demandas apresentadas pelo setor como desafios que terão que ser vencidos num segundo mandato. Entre esses pontos, ela citou os investimentos em infraestrutura, principalmente em hidrovias, a demarcação de terras indígenas e incentivos à construção de mais estruturas de armazenagem.
Mais cedo, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, disse que vai ampliar em 50 milhões de toneladas a capacidade de armazenagem nos próximos quatro anos e aumentará o seguro rural para 60% da área plantada.
O candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, também apresentou suas propostas aos representantes do agronegócio e disse que um ambiente macroeconômico equilibrado é fundamental para o campo.
Gasolina
Em entrevista coletiva após a apresentação no evento, Dilma Rousseff disse que o governo federal estuda em conjunto com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) a elevação do percentual de etanol anidro na gasolina dos atuais 25% para 27,5%. A presidente também afirmou que pode considerar outros benefícios tributários para o setor de etanol.