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Dilma: obra feita por SP para falta de água é insuficiente

28 out 2014 - 20h58
(atualizado às 21h44)
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A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira, em entrevista às TVs Bandeirantes e SBT, que a obra feita pelo governo do Estado de São Paulo para tentar contornar a crise da água é insuficiente para sanar o problema, e que se colocou a disposição para financiar outras medidas emergenciais, mas que o governo não achou necessário. "Nós sabemos que há um diagnóstico feito pelo próprio governo (do Estado) de São Paulo sobre a situação da segurança hídrica de São Paulo, onde se elenca uma serie de investimentos que deviam ter sido feitos, e não foram", afirmou a presidente.

<p>Dilma afirmou que está aberta para ajudar o estado de São Paulo a combater a crise hídrica</p>
Dilma afirmou que está aberta para ajudar o estado de São Paulo a combater a crise hídrica
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Segundo ela, a única obra que o governo paulista achou necessária foi a de adutoras no sistema de abastecimento São Lorenço. Ela relatou que a União liberou R$ 1,8 bilhão para a obra. "Agora, isto não basta, a questão de São Paulo é mais grave. Agora, Kennedy (Alencar, entrevistador do SBT), você sabe que a água, pela Constituição, é atribuição dos Estados". A presidente relatou que sempre se pôs e continua à disposição para ajudar: "nós podemos agir com o governo do Estado se eles tiverem a iniciativa". Dilma fez um paralelo das ações no Nordeste, que, segundo ela, passou pela pior seca dos últimos 70 anos e o governo federal investiu R$ 32 bilhões na região, por meio de financiamento ou investimentos.

Reforma

A presidente também voltou a falar sobre a reforma política. Para ela, não importa se será feita por plebiscito ou referendo, mas que a sociedade civil não pode ficar a parte do processo. "Que o papel é do Congresso (de fazer a reforma), não há duvida, agora, que o Congresso também vai compartilhar esse processo, eu acho, com a população, com setores organizados, seja através de uma  iniciativa popular que leve a essa consulta, e tem que se discutir a forma como isso vai aparecer".

Economia

Dilma disse não acreditar que as agências de classificação de risco irão rebaixar a nota do Brasil neste ano. "Pelo menos que eu saiba, Boecha (entrevistador da Band) todas (as agências) descartam isso em 2014 e deixam isso para 2015. E eu acho que nós temos todas as condições para nos recuperar".

EUA

O presidente dos EUA, Barack Obama, ligou para parabenizá-la pela reeleição, relatou Dilma. "Tivemos uma conversa por telefone e decidimos nos encontrar em 14 ou 15 de novembro na Cúpula do G-20 que será realizada na Austrália".

Segundo ela, a solução para a questão da espionagem americana ao governo brasileiro, revelada pelo ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA, Edward Snowden, está "encaminhada, o que permitirá uma melhora nas relações dos dois países. "Decidimos que adotaremos todas as medidas necessárias para continuar com nossas relações estratégicas, incluindo visitas de Estado recíprocas neste segundo mandato, tanto meu como dele", acrescentou.

Oposição

Por fim, Dilma afirmou estar disposta ao diálogo com a oposição e que, inclusive, pode chamar seus adversários durante a campanha eleitoral, Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) para conversar.

Fonte: Terra
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