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Candidato do Psol no Rio: "não sou um bicho de sete cabeças"

28 ago 2014 - 16h54
(atualizado às 17h00)
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<p>O candidato ao governo do RJ, Tarcísio Motta</p>
O candidato ao governo do RJ, Tarcísio Motta
Foto: Juliana Prado / Terra

Um dos destaques do debate da TV Bandeirantes na semana passada no Rio, o candidato do Psol ao governo, Tarcísio Motta, acredita que “naquele momento” ele entrou no jogo. Bem articulado e fugindo dos padrões dos principais concorrentes ao Palácio Guanabara, ele encara o personagem do professor bonachão, e agora busca tirar frutos da aparente aceitação que ganhou. “A gente já viveu viradas históricas em eleições no Rio. E podemos estar diante de mais uma delas”, afirmou o socialista, quinto colocado na disputa, após debate na Federação do Comércio. E para tentar tirar a pecha de candidato radical de esquerda, avisou a plateia que lotava o auditório: “não mordo. Não sou um bicho de sete cabeças, viu?”.

Segundo o professor Motta, como era mais conhecido antes de se candidatar, as pessoas agora param para lhe dar parabéns nas ruas e até os meios de comunicação passaram a procurá-lo mais para entrevistas e saber as agendas de campanha. Mesmo muito distante dos primeiros colocados e praticamente sem dinheiro para fazer campanha Estado afora, o concorrente diz acreditar que “aquele sentimento de inconformismo com a mesmice e a vontade de mudança estão vindo para a nossa candidatura."

Questionado se teria planejado um discurso mais “light” do que o trivial adotado pelo Psol, o candidato, que chegou a ficar entre os tópicos mais comentados do Twitter no Rio, durante o debate da Band, nega: “não estou dourando a pílula não! A gente diz claramente que o modelo de desenvolvimento a partir de agora não será mais para os grandes empresários, como foi nos últimos oito anos. A gente está falando em desmilitarizar a PM, em parar o processo de privatizar a saúde."

Ele justifica que o estilo, aparentemente leve, se confunde com o fato de ele ser um candidato que consegue apenas “explicar” as coisas para as pessoas. Tarcísio Motta afirma, por exemplo, que não irá recuar da defesa da legalização da maconha, mesmo sabendo que isso possa lhe custar muitos votos. “Não tenho problema com polêmicas”, sentenciou.

A ideia também parece ser manter o discurso dos quatro Cabrais (forma com que ele chama os adversários Anthony Garotinho, Marcelo Crivella, Luiz Fernando Pezão e Lindberg Farias em relação à semelhança de pensamento com o ex-governador Sérgio Cabral). “Eles representam o mesmo modelo de desenvolvimento. O que me parece é que eles quatro vão se apoiar no segundo turno e eu vou estar lá contra um deles."

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Fonte: Terra
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