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Candidato do PCO ao Planalto diz simpatizar com black blocs

20 ago 2014 - 12h28
(atualizado às 12h37)
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<p>Rui Costa Pimenta, candidato à presidência pelo PCO</p>
Rui Costa Pimenta, candidato à presidência pelo PCO
Foto: Divulgação

Na manhã desta quarta-feira, o candidato à Presidência da República pelo PCO, Rui Costa Pimenta, participou de uma entrevista ao vivo no portal G1. Durante cerca de 50 minutos, ele respondeu perguntas de jornalistas e internautas, detalhando algumas de suas principais propostas de governo e opinando sobre temas considerados polêmicos. Questionado sobre os protestos que tomaram as ruas do País no último ano, por exemplo, disse compreender os manifestantes adeptos da tática black bloc.

“Não somos anarquistas, não somos black blocs, mas temos simpatia por eles. É um grupo que representa uma juventude revoltada. Não dar uma expressão organizada para o que faz não elimina o fato de essa revolta ter bases para ocorrer”, afirmou.

Esta é a quarta vez que Rui concorre às eleições presidenciais. Assim como nas disputas anteriores, ele segue nas últimas posições nas pesquisas de intenção de voto. Mesmo assim, faz questão de concorrer para colocar suas ideias em debate e bater de frente com um sistema, segundo ele, "profundamente antidemocrático".

“Se só concorressem os que ganhassem, não haveria regime representativo. Faz parte do processo participar sabendo que não vou ganhar. Preciso deixar de lado o artificialismo. Tirando Dilma, Aécio e Marina, a maioria dos candidatos não tem possibilidade nenhuma. Todos sabem disso, só eu falo abertamente (...).  E minha candidatura não tem nada a ver com o mérito da eleição. A eleição é um fato político, que, deformado ou não, é fundamental. Temos que estar presentes para colocar nossa posição, nossa mensagem em debate. Somos descrentes da possibilidade de progresso dentro desse sistema, mas é possível dialogar, polemizar, fazer propaganda”, contou.

O entrevistado explicou, em seguida, que a solução para essa "desigualdade" seria reformar de maneira profunda o sistema político brasileiro, o que poderia ser conseguido apenas por meio de forte pressão popular. Ao comentar o assunto, no entanto, não detalhou como essa reformulação seria feita. 

“Para governar, qualquer presidente é obrigado a formar um bloco heterogêneo de posições que naturalmente é fisiológico, baseado na troca de favores, não em uma programa. O PT enfrenta esse problema desde começo. Isso é uma opção deles. Eles acham que têm que chegar ao poder nessas condições. Nossa alternativa é mudar o regime”, disse. 

Por fim, Rui declarou ser a favor da legalização do aborto, das drogas, do casamento entre pessoas do mesmo sexo, do fim do vestibular como acesso a universidade, da reforma tributária com “imposto único para capitalistas”, da dissolução da Polícia Militar e da criação de milícias populares. 

“Um povo desarmado é um povo escravizado. Um povo armado é um povo que controla seu destino. Nosso partido sempre defende o direito fundamental das pessoas, e o de portar armas é um deles. Sem falar que é mais fácil controlar grupos criminosos pela população que pela ação da polícia. A polícia não controla nada”, finalizou. 

Fonte: Terra
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