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Aécio quer plano de carreira nacional e fim do Mais Médicos

Promessas foram feitas em encontro da Associação Médica do Brasil, que declarou apoio ao tucano

5 ago 2014 - 17h45
(atualizado às 19h57)
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Candidato tucano se mostrou contrário à medida do governo de Dilma Rousseff
Candidato tucano se mostrou contrário à medida do governo de Dilma Rousseff
Foto: Igo Estrela / Coligação Muda Brasil/Divulgação
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, voltou a criticar nesta terça-feira o programa Mais Médicos, do governo federal, e prometeu criar um plano de carreira nacional para os profissionais da rede pública. De acordo com o tucano, reter médicos de qualidade no Sistema Único de Saúde (SUS) é a melhor forma de resolver os problemas ligados ao setor. 

"Os médicos estrangeiros são uma solução paliativa. Os cubanos têm prazo de validade, ficarão aqui por três anos. O que eu pretendo é que não haja mais necessidade de médicos estrangeiros no Brasil, porque ao longo do tempo as nossas políticas permitirão que essa vagas sejam ocupadas por brasileiros formados”, avaliou o presidenciável, insistindo que a contratação de estrangeiros é uma “solução lateral e não a solução central”.

Mesmo com as críticas, Aécio destacou que os profissionais estrangeiros que estão no Brasil terão seus contratos respeitados até o fim da vigência e que vai lutar para que seus salários sejam equiparados aos dos médicos brasileiros. Atualmente, as bolsas pagas aos médicos brasileiros e estrangeiros é de R$ 10 mil. Porém, diferentemente dos outros países, a remuneração dos profissionais cubanos é paga ao governo do país e apenas R$ 3 mil chegam ao bolso dos médicos.

Aécio também prometeu construir 500 centros de especialidade regionais para atendimento no SUS. As estruturas atenderão pacientes de acordo com os sintomas específicos de cada doença e cumprirão todas as etapas do processo, como triagem, consultas, exames e medicamentos. Dessa forma, garantiu o presidenciável, o cidadão sairá do centro já com o tratamento necessário para a doença.

"Vamos propor a criação de 500 grandes unidade regionais onde o cidadão chega, é atendido por um médico especializado, encaminhado para fazer o exame, e já sai dali com os remédios. Nós vamos fazer uma verdadeira revolução no atendimento da saúde pública no Brasil, porque dinheiro existe, o que falta é qualificação na aplicação desse dinheiro e metas claras”, garantiu.

A proposta foi bem recebida pela Associação Médica do Brasil (AMB), que declarou apoio formal à candidatura do tucano. O presidente da AMB, Florentino Cardoso, disse ver em Aécio uma possibilidade de abertura de diálogo entre o governo e os médicos e que aposta no senador para construir políticas de saúde.

“Nós, que fazemos a saúde do Brasil, teremos no senador Aécio, nosso futuro presidente, a pessoa que vai ouvir e decidir tecnicamente, sem viés politiqueiro ou eleitoreiro, a construção de verdadeiras políticas de Estado e não de governo”, disse Cardoso.

Infraestrutura

Aécio Neves prometeu ainda um "choque de infraestrutura" no País, com novas obras e a conclusão das que foram iniciadas pelo atual governo. O senador mineiro já havia anunciado a intenção de criar o Ministério da Infraestrutura. Em sua opinião, dessa forma as obras seriam coordenadas de forma mais “racional, sem apelar para o marketing e a superficialidade”.

"Meu ministério e meu governo não estará preocupado com marcas, slogan e não terá o ministro mais importante sendo o marqueteiro do governo. Quando falei da ideia de construirmos um forte ministério, é para que isso possa ajudar a restabelecer credibilidade do País, abandonada e perdida hoje, para podermos ter de novo capital privado nacional e estrangeiro a nos ajudar nesse mutirão de infraestrutura no País”, defendeu, acrescentando que suas prioridades serão em hidrovias, ferrovias e investimentos nos portos e rodovias. 

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Fonte: Terra
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