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Política

Haddad cobrará recursos da gestão Maluf e aceitará apoio de Kassab

31 out 2012 - 08h08
(atualizado às 08h13)
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O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que dará continuidade à cobrança dos recursos que teriam sido desviados da prefeitura no governo de Paulo Maluf (PP), procurado pela Interpol e um dos apoiadores do petista na campanha de 2012. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o ex-ministro da Educação afirma que não cabe ao gestor municipal decidir essa continuidade, e sim à Justiça, e usou a mesma resposta quando questionado sobre sua opinião a respeito da culpa de Maluf no caso. Haddad afirmou acreditar que seu pedido à União para renegociar a dívida do município será atendido, uma vez que, segundo ele, "o contrato não serve às partes". O petista defendeu a correligionária Marta Suplicy, que deixou de pagar uma parcela da dívida e teria agravado a situação, mas segundo Haddad a decisão da atual ministra da Cultura não poderia ter sido diferente, dado que São Paulo não tinha "nenhuma condição de angariar os recursos". O ex-ministro ainda lamentou que o julgamento do mensalão, em período coincidente com a campanha eleitoral, tenha sido "politizado" em vez "técnico", como "todos desejavam", mas garantiu que isso não prejudicou sua campanha, e sim "o debate sobre a cidade".

Haddad se encontrou com o atual prefeito, Gilberto Kassab, no Palácio do Anhangabaú, para planejar a transição
Haddad se encontrou com o atual prefeito, Gilberto Kassab, no Palácio do Anhangabaú, para planejar a transição
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press

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O novo prefeito da maior cidade do País afirmou que aceitará "de bom grado" todo o apoio que for oferecido a sua campanha, como o de Gilberto Kassab (PSD), que apoiava José Serra (PSDB) e foi duramente criticado pelos petistas durante a campanha. Haddad diz não ter mudado de posição após ser eleito, quando atenuou o discurso contra o atual prefeito paulistano, mas justificou que precisava indicar ao eleitor qual o caminho que a candidatura propunha a cidade. "O recado foi dado", afirmou. Sobre dar cargos ao partido de Kassab ou a outras legendas, como o PP de Maluf, Haddad disse que as definições começam na próxima semana, mas reforçou que vai "precisar de gestores nas secretarias" e que o PSD "está votando com o governo federal há um ano e meio sem fazer uma única indicação" a cargos no governo de Dilma Rousseff (PT). O petista ainda garantiu que mesmo que o partido de Kassab o apoie, não haverá "blindagem" contra investigações de contratos de sua gestão, que acontecerão se a Controladoria-Geral do Município - a ser criada - assim o determinar.

Fonte: Terra
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