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Política

Serra "sai menor que entrou", diz Chalita em café com Haddad

28 out 2012 - 09h57
(atualizado às 14h36)
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Dassler Marques
Hermano Freitas
Ricardo Santos
Direto de São Paulo

No café da manhã em que o PT abre os trabalhos deste domingo em São Paulo, de olho na candidatura de Fernando Haddad à prefeitura em dia decisivo, o adversário no primeiro turno que aderiu à candidatura petista no segundo, Gabriel Chalita, do PMDB, analisa o principal rival e membro de seu ex-partido, o PSDB. Quarto colocado no primeiro turno com pouco mais de 13% dos votos válidos, Chalita comentou sobre o desempenho e o comportamento do tucano José Serra, que segundo ele "sai menor que entrou" da disputa na capital. O evento aconteceu no Hotel Intercontinental, no centro da cidade.

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"A candidatura do Serra representa o Kassab, que, como o Serra, tem um estilo de fazer política. Kassab é um político muito esperto, conseguiu montar um partido (PSD) como ele montou, vai de um lado e vai do outro lado. E é um administrador que perdeu uma grande oportunidade de cuidar da cidade de São Paulo", afirmou o peemedebista. Para Chalita, Serra age da mesma maneira. "É o mesmo estilo. Serra fez campanha muito agressiva, de novo com a história de pegar um tema que não é referente à questão da cidade. Na eleição presidencial ele pegou o aborto, na eleição agora o kit-gay. Ele sai menor do que ele entrou".

O deputado federal ainda falou novamente em tom elogioso a respeito de Haddad, de quem é amigo pessoal há alguns anos. "Pude ver como a cidade mais rica da América Latina trata sua população de forma tão desumana. A mudança disso é o Haddad. O Serra é o que está aí. Ele começou, o Kassab continuou e eles não conseguiram usar esse orçamento fantástico, de R$ 42 bilhões do ano que vem, de um PIB que é de R$ 450 bilhões, e deixaram a maior parte de população hoje na miséria. São mais de 3 milhões de pessoas em favelas. O Haddad representa esse novo. Espero que seja eleito e, mais que isso, que seja um grande prefeito de São Paulo".

Chalita foi um dos primeiros políticos a chegar para o café da manhã petista, antes das 9h. Fernando Haddad chegou cerca de 40 minutos depois, acompanhado de seus familiares. Membros do PT como o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, e o senador Eduardo Suplicy também participam da reunião.

Após votar no colégio Sion, em Higienópolis, Chalita negou que o apoio oferecido ao petista Fernando Haddad tenha sido negociado em troca de um cargo, dizendo que o programa petista "incorporou" o seu, mas defendeu uma gestão técnica. "Se eu pudesse dar um conselho para o Haddad seria que escolha os melhores técnicos. Pessoas que têm capacidade de administrar. Na área pública é um monte de amiguinho", declarou.

Depois, ao acompanhar a votação do vice-presidente da República, Michel Temer, Chalita afirmou que pretende voltar para a Câmara dos Deputados e "honrar os votos" que recebeu, e que só vai auxiliar na gestão de Haddad como "conselheiro", descartando a hipótese de receber um cargo.

"Vou ajudar como amigo, como conselheiro, dando sugestão, e vou estar em Brasília, como deputado federal, honrando os votos que eu tive", disse ele. "Agora eu assumo a presidência da Frente Parlamentar da Economia Criativa, quero discutir muito emprego, mas estou à disposição dele para bater papo e para dar ideias", afirmou o peemedebista.

Segundo turno ocorre em 50 municípios

Mais de 31 milhões de eleitores vão às urnas neste domingo eleger o prefeito em 50 cidades do Brasil em que há segundo turno, sendo 17 capitais. O Terra, maior empresa latino-americana de mídia digital, faz a cobertura completa das eleições nas capitais e principais cidades do País e apuração de votos em tempo real.

"Serra fez campanha muito agressiva, de novo com a história de pegar um tema que não é referente à questão da cidade", criticou o peemedebista
"Serra fez campanha muito agressiva, de novo com a história de pegar um tema que não é referente à questão da cidade", criticou o peemedebista
Foto: Bruno Santos / Terra
Fonte: Terra
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