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Política

Serra diz que governo federal extorque São Paulo com juros

22 out 2012 - 16h14
(atualizado às 18h30)
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Dassler Marques
Ricardo Santos
Direto de São Paulo

Candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra usou o termo "extorsão" para definir a cobrança de juros do governo federal em relação à dívida da capital, estimada em R$ 58 bilhões. O tucano defendeu que o prefeito seja "líder político para comandar essa batalha" e pediu a revisão dos tributos à presidente Dilma Rousseff.

Tucano criticou os juros pagos pela prefeitura de São Paulo ao governo federal
Tucano criticou os juros pagos pela prefeitura de São Paulo ao governo federal
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra

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O tema foi abordado durante a sabatina realizada pela Rede Nossa São Paulo na tarde desta segunda-feira. "São Paulo está sendo extorquida", definiu Serra. "Não se pode pagar juros de 17% ao ano e o governo federal ganhar dinheiro em cima de São Paulo. Ao mesmo tempo, no BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), cobra 5% ao ano no empréstimo a grandes empresas. Isso tira dinheiro da cidade (...) há essa prática desde que a Marta (Suplicy) era prefeita no governo Lula. São Paulo precisa ter um prefeito que também seja líder político para comandar essa batalha. Hoje o governo federal arrecada R$ 142 bilhões em São Paulo e gasta dois".

Serra alegou que a dívida é reajustada com a soma do Índice Geral de Preços - Disponibilidade interna (IGP-DI) mais 9%, o que tem feito crescer entre 17 e 18% ao ano. O petista Fernando Haddad também fez críticas ao modelo atual. O candidato falou em números parecidos e afirmou que "a união está enriquecendo às custas do município". O rombo junto ao governo federal proíbe a administração municipal em obter novos empréstimos com bancos públicos instituições federais por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal. A arrecadação de São Paulo, em 2011, foi de exatamente metade da dívida. Ou seja, R$ 29 bilhões.

Outro tema de dimensão federal comentado por Serra foi sobre a especulação de que ele poderia se tornar presidente nacional do PSDB, possibilidade negada pelo candidato, que definiu o assunto como "evidentemente plantação (de notícia) de adversário". A respeito da polêmica gerada pelo discurso do ex-presidente Luiz Inácio da Silva em Diadema, no domingo, ele afirmou que "Lula é o maior atacador e o que tem mais velocidade. Eles (petistas) fazem a velha estratégia de jogar baixo e acusar o outro de jogar baixo".

Em Diadema, durante comício pela reeleição do também petista Mário Reali, Lula criticou a possibilidade de o vereador Lauro Michels, do PV, superar Reali em sua primeira disputa majoritária e enfatizou a experiência do candidato do PT em relação ao adversário. Serra disse que "ele sublinhou a importância do currículo e não faz isso em São Paulo porque (...) prejudicaria seu candidato (Haddad)".

Fonte: Terra
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