Serra diz que governa para pobres e Haddad pede campanha de alto nível

O primeiro debate para o segundo turno em São Paulo, entre os candidatos Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB), transmitido pela Rede Bandeirantes, começou com ataques. O candidato tucano José Serra abriu o primeiro bloco com o intuito de se desvencilhar da ideia de que governa para os ricos. Ele listou os programas fundo de amparo ao trabalhador e financiamento do seguro desemprego, medicamentos genéricos, mutirões de saúde, hospitais Tiradentes e M'Boi mirim, escolas técnicas e urbanização das favelas, em seguida, perguntou se os programas eram "para pobres ou para ricos". "A decisão de criar hospitais em Tiradentes e M'Boi mirim foi na nossa gestão. Mas os três hospitais que vocês prometeram não entregaram até o presente momento", rebateu Haddad.

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O petista ainda afirmou que as escolas técnicas receberam recursos do ministério da Educação e criticou a prefeitura de São Paulo por resistir a implantação de cotas sociais. "Empurraram com a barriga a aprovação de cotas sociais", disse. Na tréplica, Serra citou o metrô, Expresso Tiradentes e programa Mãe Paulistana como projetos destinados à classe baixa. Serra ainda disse que não prometeu três hospitais, pois na época era governador e quem anunciou os hospitais foi o atual prefeito Gilberto Kassab. Haddad criticou a intenção do tucano de se desligar de Kassab e lembrou que Serra apoiou Kassab nas eleições de 2008: "Você tem mania de descartar seus apoiadores, fez isso em 2002 com o Fernando Henrique, agora está fazendo o mesmo com o Kassab".

Na vez de Haddad fazer a pergunta, ele questionou se os eleitores não mereceriam uma campanha de alto nível. A pergunta despertou um tom mais firme em Serra que rebateu: "se tem alguém que faz jogo baixo aqui é o PT, PT faz baixaria". Haddad acusou a gestão Serra-Kassab de não fazer aquilo que promete e disse que há um ano e meio o MEC aguarda a liberalão de um terreno pela prefeitura para construir uma universidade federal.

Os candidatos também falaram sobre creches. Haddad criticou a prefeitura de São Paulo por não liberar terrenos ao MEC para a construção das instituições. Serra atacou dizendo que o governo do PT deixou "75 mil crianças em escolas de lata". Ainda citou "o vexame de Osasco", pois a área virou uma cracolândia e de Guarulhos, que não tem instalações próprias.

Habitação também foi tema do debate. "Eu nunca disse que não queria o Minha Casa, Minha Vida", reforçou Serra após Haddad apresentar números de investimento do PT em moradia popular. A discussão esquentou e Serra atacou: "o PT é ruim de serviço", após relatar que o programa Minha Casa, Minha Vida prometeu a construção de um número de casas e não cumpriu.

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