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Política

Serra discute com jornalista sobre kit anti-homofobia

16 out 2012 - 18h26
(atualizado às 18h48)
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Em entrevista à rádio CBN na manhã desta terça-feira, o candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo no 2º turno, José Serra entrou em conflito com jornalista Kennedy Alencar que o questionou sobre o kit anti-homofobia do Estado de São Paulo. Serra ainda criticou o resultado das pesquisas no 1º turno e sobre o documento que ele assinou quando candidato a prefeito da cidade em 2004, dizendo que não abandonaria o cargo para disputar outro cargo dois anos depois, sendo que o fez ao sair em 2006 para disputar o governo do Estado.

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Serra foi questionado pelo jornalista Kennedy Alencar sobre o kit anti-homofobia do Estado de São Paulo e o apoio de lideres conservadores como o Pastor Silas Malafaia. Em contrapartida, o tucano perguntou a Kennedy se ele havia lido o material. Enquanto o jornalista respondia que leu a cartilha e que viu semelhanças entre o material do governo federal, chamado pejorativamente de 'kit gay', e do governo estadual. Serra ainda continuou questionando. "Kennedy, fala a verdade. Você leu a cartilha inteira? Não leu, Kennedy", afirmou o candidato.

Em resposta, o jornalista afirmou que fez uma pergunta objetiva ao tucano. Cortando sequencialmente o jornalista, Serra ainda afirmou: "faz favor, seja educado e ouça o que eu estou falando". "Você está falando de uma cartilha que você não leu. Leia e você vai ver que são coisas muito diferentes", completou. O candidato do PSDB ainda afirmou que a pergunta do jornalista "envolve uma mentira", por considerar que as cartilhas "são completamente diferentes". Por fim ele afirmou que o jornalista teria outra preferência política. "Eu sei que você tem suas preferências políticas, modere-se Kennedy, você está na CBN. Não pode fazer campanha eleitoral aqui na CBN. Em seguida, José Serra respondeu a questão e comparou a cartilha do Estado com a cartilha do MEC. Para ele, a cartilha estadual teve reparos área evangélica e cartilha incentiva o bissexualismo.

Serra criticou a gestão da ex-prefeita Marta Suplicy a frente da prefeitura, entre 2001 e 2005. Para o tucano, a gestão petista aumentou a desigualdade social em São Paulo. "Tudo que o PT fez aqui em São Paulo na prefeitura, foi exacerbado em desigualdade. Eles aumentaram a desigualdade. Por exemplo, deixaram 75 mil crianças em escola de lata".

O candidato do PSDB voltou a responder sobre o documento que Serra assinou afirmando que não abandonaria a prefeitura se candidatar nos dois anos seguintes. Ele afirmou veementemente que não citou o cenário de 2006 dizendo que criou uma "circunstância nova" e que ele tomou "a decisão correta" em abandonar a prefeitura e para disputar o governo do Estado. Questionado se ele se arrepende de ter assinado o documento, Serra negou, novamente citando o cenário político.

Ao fim da entrevista, quando questionado sobre temas polêmicos na cidade de São Paulo, se era a favor ou contra, Serra não quis responder diretamente sobre a taxa de Inspeção Veicular, o Controlar. Ele afirmou que a taxa "veio pra ficar" e que com isso combate a poluição e salva vidas. O tucano ainda afirmou que o cidadão até pode discutir o preço, mas "ela tem que ser paga" e explicou que se a taxa for cancelada a prefeitura vai pagar e com isso os outros impostos e taxas vão subir.

"Não estou tão preocupado com o Serra", ironizou Fernando Haddad
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Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Fonte: Terra
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