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Política

Cobrado por reajuste de servidores, Serra diz: 'vou falar no 2° turno'

4 out 2012 - 18h43
(atualizado às 19h47)
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Renan Truffi
Direto de São Paulo

O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, foi cobrado por uma eleitora por medidas que não foram tomadas na gestão de seu sucessor, Gilberto Kassab (PSD). Logo que desceu do carro, ao chegar ao bairro Vila Sabrina, na zona norte de São Paulo, o tucano foi questionado por uma servidora pública, que reclamou estar sem receber reajuste desde que a ex-prefeita Luiza Erundina (PSB-SP, na época do PT) saiu do poder.

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"Você não fala nada a respeito disso. Mas e os nossos funcionários?", questionou Delma Maria da Silva, de 58 anos, que trabalha na Secretaria de Finanças da Prefeitura de São Paulo. "Eu vou falar no segundo turno, vou falar no rádio", respondeu Serra, "antecipando" sua presença na próxima etapa das eleições municipais.

"Nosso piso salarial é de R$ 645. Vou aposentar agora, daqui a dois anos. Como faz? Nosso último reajuste foi de 0,01%. Desde da época da Erundina que a gente não tem um reajuste direito", criticou a servidora.

Embora não desvincule sua imagem do atual prefeito, Serra tem tentado minimizar o impacto da má avaliação da gestão de Kassab em sua campanha. O prefeito chegou ao poder em 2006, quando o tucano renunciou ao cargo para disputar o governo do Estado. Dois anos depois, no entanto, o prefeito foi reeleito pelo povo e hoje tem um índice alto de reprovação por parte dos paulistanos.

Depois de passear pelo bairro e cumprimentar comerciantes, Serra falou com os jornalistas, mas não quis comentar o resultado das pesquisas de intenção de voto, que mostraram queda de Ceslo Russomanno, candidato do PRB.

Confiante na ida do segundo turno, Serra quebrou o protocolo e, em vez de falar de propostas, pediu para explicar como vai se "comportar" no comando da prefeitura da capital paulista.

"Hoje, em vez de falar de propostas, quero falar sobre como vou me comportar na prefeitura. Quero insistir e sublinhar como vou trabalhar. Acredito no trabalho, no esforço e no mérito. Devemos governar essa cidade pensando no futuro", afirmou.

"Você não fala nada a respeito disso. Mas e os nossos funcionários?", questionou Delma Maria da Silva, de 58 anos, que trabalha na Secretaria de Finanças da Prefeitura de São Paulo
"Você não fala nada a respeito disso. Mas e os nossos funcionários?", questionou Delma Maria da Silva, de 58 anos, que trabalha na Secretaria de Finanças da Prefeitura de São Paulo
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Fonte: Terra
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