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Política

Giannazi critica igrejas e diz: Russomanno 'instrumentaliza' religiões

18 set 2012 - 12h45
(atualizado às 17h56)
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O candidato do Psol, Carlos Giannazi, criticou o candidato Celso Russomanno do PRB pela ligação do partido do adversário com a Igreja Universal. Em entrevista exclusiva ao Terra nesta terça-feira, Giannazi afirmou que existe uma "instrumentalização das religiões" na disputa pela prefeitura de São Paulo.

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"Nós defendemos a liberdade religiosa, com direito ao culto, mas não podemos instrumentalizar as religiões, como acontece com o Celso Russomanno. Se trata de voto de cabresto, pegando pessoas com menor escolaridade, que é o público especificamente da igreja Universal, do bispo Edir Macedo", afirmou o candidato.

Giannazi ainda afirmou que há brigas entre as próprias igrejas evangélicas. "São igrejas, como Assembleia de Deus, que além de usar os fiéis através de falsos professas, usam para o foco eleitoral. Há muitos exemplares do Edir Macedo nas bancadas. Eles brigam entre eles também. A (igreja) Mundial briga com a Universal. Uma briga pelo mercado da fé. É um absurdo disso, não vamos misturar as coisas", criticou.

Na esteira da briga entre as religiões, que virou manchete semana passada após a divulgação de um artigo de 2011 do presidente do PRB e coordenador da campanha de Russomanno, Marcos Pereira, Giannazi afirmou que o combate a homofobia é uma de suas bandeiras. "São Paulo é uma cidade muito homofóbica", afirmou. O candidato disse que é necessário trabalhar o tema nas escolas. "Não conheci o kit anti-homofobia que o ministério da Educação chegou a fazer, mas precisa ter material didático sim, adequado para que os professores possam trabalhar o tema".

Transporte
O candidato do Psol afirmou que anda de vez em quando de metrô, mas usa mais seu próprio automóvel para se locomover. Entretanto, ele garantiu conhecer o transporte na cidade. "Passei minha vida inteira andando de ônibus, eu conheço muito a má qualidade do transporte na cidade. Mas eu preciso fazer diligencias em delegacias, em escolas, e eu preciso do carro, é um instrumento de trabalho", disse.Giannazi ainda criticou o Bilhete Único Mensal, carro-chefe da campanha de Fernando Haddad (PT). "É esdruxulo porque nós do Psol temos um projeto melhor do que esse. É o Bilhete Mensal 24h. A pessoa compra conforme sua necessidade. O do Haddad força as pessoas a pagarem a taxa mensal sem usar o ônibus", disse. Giannazi diz que há orçamento até para subsidiar passagens gratuitas para desempregados.

Heloísa Helena
O candidato ainda comentou as críticas da vereadora Heloísa Helena contra o partido de ambos. "Acho que ela pode estar se referindo à direção nacional (do Psol), não sei exatamente quem. Acho que ela está fazendo uma critica a estrutura partidária, que permeia em todo o Brasil. Ela tem razão, nós concordamos com ela. Sem Heloísa Helena não haveria Psol", defendeu o correligionário.

Ele ainda negou que Helena esteja saindo para criar um novo partido com a ex-senadora Marina Silva. "Isso é especulação. Ela não saiu do Psol. Ainda é vereador em Maceió, encarando as oligarquias. Ela até manifestou apoio à minha candidatura na TV."

Candidato do Psol à prefeitura de São Paulo, Carlos Giannazi é entrevistado no Terra
Candidato do Psol à prefeitura de São Paulo, Carlos Giannazi é entrevistado no Terra
Foto: Léo Pinheiro / Terra
Fonte: Terra
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