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Política

Aracaju: João Alves Filho era o mais experiente na disputa

7 out 2012 - 19h52
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Vivianne Paixão
Direto de Aracaju

João Alves Filho (DEM) foi o político mais experiente na disputa pela prefeitura de Aracaju (SE). Engenheiro por formação, tem 72 anos e ingressou na carreira política em 1974, quando foi nomeado prefeito biônico pelo regime militar. Por quatro décadas, se revezou no poder com a família Franco.

Entre os cargos que concorreu, destaca-se o governo de Sergipe, cargo que ocupou por três mandatos (1983-1987; 1991-1994; 2003-2006). Além disso, foi ministro do Interior (1987-1990) no governo José Sarney. João é casado com a senadora Maria do Carmo Alves, também do DEM, e tem três filhos. É preocupado com a questão das águas, dedicando boa parte dos seus estudos à causa, envolvido também com a questão da transposição do rio São Francisco, inclusive já escreveu livros abordando os temas.

O candidato a prefeito pela coligação "Aracaju não pode esperar", que engloba uma coalizão formada pelos partidos DEM, PSDB, PP, PSC, PTN, PMN, PR, PTB, PRP, PSL, PTC, PRTB e PPL, e tem como vice o ex-deputado José Carlos Machado (PSDB), conquistou na última hora o apoio do grupo político liderado pelos irmãos Edvan Amorim e o senador Eduardo Amorim (PSC), que desistiram de lançar candidatura própria. A disputa pelo apoio dos Amorim foi acirrada, principalmente pelo candidato do PPS, Almeida Lima, que às vésperas das eleições avisou, em debate ao vivo, que estaria desistindo da campanha eleitoral.

Durante o pleito, os seus adversários costumaram destacar os vários processos que João Alves Filho foi alvo, como a Operação Navalha, na qual foi acusado de superfaturar as obras de uma adutora. O democrata ficará marcado na história política de Aracaju como o candidato que foge de debates. Ele evitou o "cara a cara" ao vivo com os adversários e não participou de nenhum debate.

Essa estratégia talvez lhe poupasse alguns votos, uma vez que o democrata foi o nome favorito em todas as pesquisas de intenção de votos. Na avaliação do próprio João, trata-se de um reconhecimento do seu trabalho e da insatisfação da população com a aliança de esquerda que governa a capital desde 2000 e o Estado há seis, tendo o governador Marcelo Déda (PT) como principal expoente. "São ótimos no discurso, mas péssimos administradores", afirmou.

João Alves (DEM) evitou o "cara a cara" ao vivo com os adversários e não participou de nenhum debate
João Alves (DEM) evitou o "cara a cara" ao vivo com os adversários e não participou de nenhum debate
Foto: Divulgação
Fonte: Terra
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