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Política

RS: falta de creches domina debate sobre educação infantil na capital

20 ago 2012 - 12h31
(atualizado às 12h34)
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Murilo Matias
Direto de Porto Alegre

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), cujos docentes estão em greve, foi movimentada na manhã desta segunda-feira pela presença de candidatos à prefeitura de Porto Alegre. Promovido pelo Fórum Gaúcho de Educação Infantil, o encontro que reuniu os concorrentes debateu políticas públicas para crianças de zero a seis anos em um momento em que a educação gaúcha apresentou resultados ruins na avaliação do Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb), em recente pesquisa divulgada pelo governo federal. A falta de investimento e de vagas nas creches municipais foram apontadas como questões que dificultam o avanço da educação na capital gaúcha.

Candidatos à prefeitura de Porto Alegre apresentaram suas propostas para a área da educação infantil na capital
Candidatos à prefeitura de Porto Alegre apresentaram suas propostas para a área da educação infantil na capital
Foto: Nabor Goulart/Agência Freelancer / Divulgação

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"Muitos dos limites que temos são reflexo do baixo investimento em educação infantil", disse Manuela D´Ávila (PCdoB), logo na abertura do diálogo. Sem a presença do atual prefeito, José Fortunati (PDT), coube ao candidato a vice da coligação, vereador Sebastião Melo (PMDB), defender a política que vem sendo adotada pela gestão do pedetista.

"Prefiro criança na creche do que na rua. Vamos manter a política de conveniamento e ampliar a rede própria. O importante é que as pessoas tenham acesso à creche", afirmou o peemedebista. Melo falou ainda da recuperação de creches e do aumento de 14 mil para 21 mil no número de crianças atendidas, embora reconheça o déficit de vagas.

Falando em "necessidade de mudar a mentalidade da administração", Manuela criticou a dificuldade da prefeitura em atrair recursos para o desenvolvimento de políticas na área. "Sempre botei o pé no barro para ir às creches. O valor de R$ 150 é restritivo. Precisamos melhorar a capacitação pedagógica e a infraestrutura. Essa frase 'prefiro criança em qualquer creche do que na rua' não é frase de quem quer modernizar a educação", retrucou a candidata.

Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, o candidato petista, Adão Villaverde, citou os avanços conquistados pelo PT quando governou a cidade e prometeu acabar com a falta de vagas. "Nos nossos governos investimos na educação infantil. Queremos agora universalizar a educação infantil em Porto Alegre. Vivemos um momento fundamental pra ampliar o sistema público, uma vez que 58% das crianças estão fora das creches, e remodelar o modo como é feito o conveniamento".

Candidatos ligados à educação defendem maior investimento para o setor
Jocelin Azambuja (PSL), que tem na educação a principal bandeira da sua candidatura, foi severo na avaliação sobre o modelo educacional brasileiro. "Só vi a educação regredir. Os professores são maltratados. Os grandes partidos querem fazer o povo de marionete dando bolsa miséria em vez de darem educação. Estamos no fundo do poço", disparou.

Candidato do PSTU, cujo partido tem na base da militância professores vinculados ao Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers), Érico Côrrea criticou a falta de investimento do país na área da educação e a luta para que pelo menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) seja reservado para a pasta. "Existem creches que parecem depósitos de crianças. Na eleição a prioridade é a educação, a saúde, melhorar a vida das pessoas. Depois eles governam para os financiadores de campanha", repetindo mais uma vez seu discurso.

Professor de instituições particulares de ensino superior, Wamber Di Lorenzo (PSDB) reforçou a necessidade de haver uma parceira entre Estado e sociedade civil para combater os problemas das instituições de ensino. "Precisamos de qualidade na formação, investir em alfabetização digital, educação tecnológica, esporte e cultura. O Estado tem que acreditar na sociedade".

Fonte: Terra
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