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Política

Entrevista: Cesar Maia vai mobilizar opinião pública contra Paes

13 out 2012 - 09h08
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Marcus Vinícius Pinto
Direto do Rio de Janeiro

Depois de ser prefeito do Rio de Janeiro por três vezes, Cesar Maia (DEM) assume a partir de janeiro uma nova posição em sua carreira política. Na Câmara dos Vereadores, vai ser o principal opositor do prefeito reeleito Eduardo Paes (PMDB), seu sucessor no comando da capital fluminense.

Eleito vereador em 2012, ex-prefeito do Rio diz que começa mandato combatendo "privatização da educação e da saúde"
Eleito vereador em 2012, ex-prefeito do Rio diz que começa mandato combatendo "privatização da educação e da saúde"
Foto: Divulgação

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Com estilo próprio, Maia marcou época na cidade com muitas polêmicas. Eleito em 2012 com cerca de 44 mil votos (considerado pouco para quem já venceu a disputa para o cargo máximo da cidade por três vezes), o democrata se destaca por sua atuação na internet, de onde distribui críticas a adversários e aliados.

Pela internet, Maia respondeu às perguntas feitas pelo Terra sobre os resultados das eleições municipais deste ano. Questões enviadas, respostas dadas em menos de cinco minutos. A seguir, confira os principais trechos da entrevista:

Terra: Qual vai ser seu papel, ex-prefeito, agora como vereador? O prefeito Eduardo Paes vai, por fim, ter oposição?

Cesar Maia:

Vou defender e lutar pelo que defendi no

Minuto da Verdade

na TV (programa eleitoral do candidato na TV durante a campanha deste ano). A começar pela luta contra a privatização da educação e da saúde.

Terra: O que um vereador com nome de peso e conhecimento da cidade como o senhor pode fazer na câmara onde o prefeito tem maioria?

Cesar Maia:

Minorias trabalham para fora. Maiorias trabalham para dentro. Ou seja, mobilizar opinião que constrói maioria na pratica.

Terra: Muito se falou que Rodrigo Maia teria grande rejeição pelo fato de ser seu filho, mas por outro lado o senhor se elegeu com mais de 44 mil votos. Como explicar esse fato?

Cesar Maia:

Isso já expliquei algumas vezes. O que os institutos chamam de rejeição é decisão de não votar neste candidato. Isso ocorre por polarização.

Lula

em 2002 tinha em agosto o mesmo número do Rodrigo em agosto deste ano.

Terra: O senhor acredita que exista um acordo entre o PMDB e o PT para que Eduardo Paes seja candidato ao governo do Estado em 2014 e deixe o PT na prefeitura para os Jogos Olímpicos?

Cesar Maia:

Questão deles. Não faço a menor ideia e nem me preocupo com isso.

Terra: Como vai ser a fiscalização para as obras para Copa e Jogos Olímpicos? Em que pontos estamos mais atrasados?

Cesar Maia:

A

câmara municipal

terá uma comissão especial, como é praxe em grandes eventos e para grandes gastos. E temos o Tribunal de Contas do Município para detalhar.

Terra: Afinal, o que falta para a Cidade da Música ser inaugurada e ser entregue à população?

Cesar Maia:

Nada. Está mais que pronta. Falta a tal licitação de gestão ser concluída.

Terra: O senhor repetiria a aliança com o Garotinho no futuro? Que lições ficam dessa parceria, que parece ter se diluído na reta final da campanha de Rodrigo e Clarissa?

Cesar Maia:

Uma aliança municipal. A próxima

eleição

é em oito anos. Em 2014 prevalece a eleição presidencial e seguiremos a linha definida para ela.

Terra: Em relação ao cenário nacional, como senhor avalia a polaridade PSDB x PT em São Paulo?

Cesar Maia:

Perdem ambos. Quem vencer sai manco. Quem perder sai do tabuleiro.

Terra: Pode-se dizer que o PT é o maior derrotado dessas eleições? Ou ainda é cedo?

Cesar Maia:

Depende de São Paulo. Se vencer em São Paulo, não. Se perder, sim.

Fonte: Terra
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