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Paes agradece Dilma e Lula e garante que não sai em 2014

7 out 2012 - 19h55
(atualizado às 23h36)
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André Naddeo
Direto do Rio de Janeiro

O prefeito reeleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), fez um discurso de agradecimento, após ser confirmado para mais quatro anos à frente da administração municipal da capital fluminense. Ele agradeceu o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que esteve ao seu lado na campanha de 2008, e da atual presidente Dilma Rousseff (PT), que assim como seu antecessor, também esteve ao seu lado no pleito deste ano.

Paes é reeleito prefeito do Rio de Janeiro no 1º turno

Paes obteve maior votação em 1º turno desde 1985 no Rio

"Gostaria de agradecer duas figuras importantes: o presidente Lula, que em 2008 acreditou na gente, soube nos apoiar e dedicou um tempo importante para a nossa vitória. E a presidenta Dilma, que nesses quase quatro anos de convívio foi uma grande parceira do Rio de Janeiro. A gente deve muito a ela pelo carinho, dedicação e amor ao Rio de Janeiro. A gente vai continuar trabalhando junto ao longo dos quatro anos", discursou Paes, que também avaliou o papel dos dois políticos como "fundamental". O pronunciamento aos jornalistas ocorreu na mansão da Gávea Pequena, residência oficial do prefeito do Rio de Janeiro, entre as zonas sul e oeste da capital fluminense.

Após a expressiva vitória ainda no primeiro turno, com 64% dos votos válidos, uma das maiores vitórias da história recente da eleição municipal, Paes se torna, mais do que nunca, uma grande liderança política no estado fluminense, e as perguntas a cerca de sua possível saída para a disputa do governo do Estado do Rio, em 2014, já apareceram na coletiva de imprensa para os jornalistas.

"Eu tive uma grande honra na minha vida que foi pegar aquela bandeira olímpica no estádio de Londres, e eu vou passa-la para a próxima cidade. A gente tem uma grande coligação de partidos, mas o meu PMDB tem um grande nome que é o Pezão, e nós vamos buscar construir uma grande aliança para continuar recuperando o Rio de Janeiro", assegurou.

Tido como provável candidato à sucessão de Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão, seu vice ao longo dos últimos seis anos, ainda não é tido como força política contundente para o desafio ¿ ainda mais com a presença do senador Lindberg Farias, do PT, quase que certa para o pleito que ocorre daqui a dois anos. A partir disso, surge a dúvida se a aliança entre PT e PMDB se manterá firme, principalmente se os peemedebistas insistirem em candidatura própria.

"A gente não pode mais perder tempo com briga. O jogo do Rio é esse, de quem ama a cidade. Eu serei prefeito até 2016, e nós vamos eleger o sucessor do governador Sérgio Cabral em reconhecimento ao fantástico trabalho que vem fazendo pela cidade", disse Paes.

Seu vice na chapa, o vereador Adílson Pires (PT), disse após a entrevista de Paes que o diretório do partido, que se reunirá na próxima quarta-feira, "vai discutir o assunto com muita tranquilidade, sem estresse. Não tem saia justa, há uma aliança no plano nacional e o Rio é um bom exemplo de que isso vem dando certo. Vamos continuar discutindo a aliança".

Cara a tapa

Autoproclamando-se "o cara mais feliz do mundo", Eduardo Paes salientou ainda em seu discurso de vitória que vai continuar com seu ritmo intenso de trabalho pela capital fluminense. "Os cariocas vão me ter dando a cara tapa, cobrando, e buscando acertar sempre. Sem medo ou receio quando a gente cometer alguma atitude eventualmente errada de nos redimirmos", afirmou.

"A gente rodou pela cidade inteira, mas o que mais me emocionou foi o carinho dessa parcela da população que ainda não recebeu nenhum benefício da prefeitura. Encontrar o sorriso, o aceno de confiança das pessoas, eu gostaria de dizer para esses cariocas que a gente já fez muita coisa, mas existe uma parcela que ainda não recebeu o que deveria ter. E nós vamos fazer", salientou.

Paes esteve acompanhado de seu staff pessoal de campanha ao longo de todo o domingo, que inclui o governador Sérgio Cabral, seu maior aliado na disputa, além do senador Francisco Dornelles (PP), Adílson Pires (PT), vice-prefeito eleito, e os deputados federais Rodrigo Bethlen e Pedro Paulo, ambos do PMDB e coordenadores da campanha "Somos um Rio".

A equipe vencedora do pleito municipal no Rio de Janeiro fez carreata pela zona oeste da capital fluminense, mais especificamente em comunidades do bairro de Jacarepaguá. Antes disso, porém, por volta de 9h15, junto desta vez de seus familiares (esposa, filhos, pais e sobrinhos), o prefeito agora reeleito votou no Gávea Golf Club, em São Conrado, na zona sul da cidade.

Bastante sorridente, ele chegou à cabine de votação junto dos filhos e sobrinhos e, muito embora não contasse vitória antes da hora, se mostrava bastante confiante. Eduardo Paes agora se dirige ao Parque Madureira, na zona oeste do Rio, onde vai comemorar com a militância a sua reeleição no local que construiu em sua gestão e que sempre considerou sua "menina dos olhos" - vale lembrar que a zona oeste fluminense foi o grande reduto de Paes em sua campanha por mais quatro anos à frente da administração municipal.

RJ: Eduardo Paes diz que não canta vitória antes do tempo:
Fonte: Terra
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