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Paes obteve maior votação em 1º turno desde 1985 no Rio

7 out 2012 - 19h20
(atualizado às 23h03)
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Reeleito com 83,53% das urnas apuradas, o atual prefeito Eduardo Paes (PMDB) fez neste domingo a maior votação em primeiro turno da história recente nas eleições municipais do Rio de Janeiro. Favorito desde o início da disputa e líder em todas as pesquisas de intenção, o peemedebista obteve 64% dos votos válidos (1.742.411 votos), ultrapassando a performance do ex-prefeito César Maia (PFL, agora DEM).

RJ: Eduardo Paes diz que não canta vitória antes do tempo:

Paes é reeleito prefeito do Rio de Janeiro no 1º turno

Em 2004, César Maia - candidato a vereador neste ano - derrotou o atual ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), sendo reeleito para o segundo mandato. Na época, o democrata venceu o político ligado à Igreja Universal em primeiro turno com 50,1% (1.728.853 votos).

Eduardo da Costa Paes nasceu em 14 de novembro de 1969 no Rio de Janeiro. Formado em Direito, ele entrou na carreira política aos 23 anos como subprefeito da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, onde permaneceu de 1993 a 1996. O sucesso como executivo na administração municipal fez de Paes o vereador mais votado do Rio em 1996, com 82.418 eleitores, pelo PFL (hoje DEM). Isso depois de deixar o PV, o seu primeiro partido, assim como ao PSDB, que o acolheu já no mandato de deputado federal.

Como parlamentar, ele se revelou audaz. E contundente nas acusações desferidas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem chamou de "chefe de quadrilha" em 2005, no contexto da CPI dos Correios. Na última semana, Paes pediu desculpas, tornadas públicas, ao presidente, em troca de seu apoio político de fato, e não apenas formal. Desde sua primeira candidatura à prefeitura, o político tem o apoio petista. O arrependimento de Paes teve eco. O presidente deixou para trás a mágoa, compartilhada com dona Marisa Letícia, destinatária de elegante carta rogatória de perdão, assinada pelo candidato do PMDB.

Por duas vezes Paes foi secretário: de Meio Ambiente, pelo município, e de Turismo, Esporte e Lazer, pelo Estado. No primeiro momento, ainda não havia rompido com o antigo tutor político, o ex-prefeito César Maia (DEM). No segundo, já atuava pelo PMDB e sob as bençãos do governador Sérgio Cabral.

Laços rompidos

O rompimento com Maia perdura até os dias de hoje. Ao longo do tempo, o desgaste criou um sentimento de oposição ferrenha entre os dois políticos. Segundo o próprio Paes, o afastamento foi voluntário e motivado pela percepção de que o antigo mestre "não era mais aquele fantástico administrador da primeira gestão" e teria "mudado muito".

Por outro lado, Paes teria destruído planos políticos de Maia ao se recusar a concorrer a governador em 2002, optando pelo mandato de parlamentar federal. Por trás da desmotivação de Paes, estaria uma disputa com Rodrigo Maia (DEM), filho do ex-prefeito, em ascensão na época e de perfil diverso do de Paes, mas voltado para a articulação política nacional. Rodrigo concorreu contra Paes nas eleições deste ano.

Fonte: Terra
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