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Política

Rio: Paes acusa Freixo de leviandade em discussão sobre milícias

31 ago 2012 - 13h43
(atualizado às 14h16)
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Giuliander Carpes
Direto de Rio de Janeiro

Várias vezes durante sabatina realizada na manhã desta sexta-feira, o perfeito Eduardo Paes foi obrigado a responder perguntas sobre o seu principal adversário na campanha pela reeleição. Na primeira delas, Paes classificou Marcelo Freixo de leviano por tê-lo ligado às milícias, um dos principais problemas de segurança do Rio de Janeiro.

Paes se reuniu com representantes dos sindicatos das vans, transporte alternativo no Rio de Janeiro, que respondem a processos por envolvimento com as milícias. "Minha leitura da eleição é de não ficar de comentarista da opinião dos outros. Mas leviandade fica mais difícil de não dar uma resposta. O deputado sabe muito bem que não tenho relação com milícia", afirmou o prefeito.

O prefeito explicou porque desistiu de fazer licitações coletivas para as vans. "Belo Horizonte, Goiânia e outras cidades licitaram vans por cooperativas. Hoje todas as vans do Rio têm licenças individuais. O fato é que infelizmente no Rio se tem este problema, todas as informações dizem que há milícias por trás das vans", disse o prefeito. "Isso é problema de policia. Estava indo pelo caminho técnico que seria o mais adequado de como gerir os transportes. Mas tivemos que mudar para licenças individuais por causa desse problema."

O prefeito disse que Freixo deve estar desesperado para conseguir votos ao politizar a questão da segurança pública. "Papel da prefeitura na segurança publica é complementar e a gente não pode politizar. É leviano. Eu posso fazer o quê? Deve ser desespero de campanha eleitoral."

Paes também procurou se colocar sempre de forma diferente nas questões mais polêmicas da candidatura de Marcelo Freixo. Outra delas é com relação ao carnaval. O deputado estadual propôs recentemente que as escolas dessem uma contrapartida aos investimentos da prefeitura fazendo enredos com compromisso cultural. A ideia de Freixo é impedir a venda de enredos para empresas privadas. O prefeito disse que não vai se intrometer.

"Eu dou liberdade para o povo fazer o enredo que quiser no carnaval. Só tem que manter minha vaga na bateria da Portela", brincou Paes, que desfila para a escola de samba de Madureira e também se colocou contrário a romper com a Liga das Escolas de Samba do Rio (Liesa), tradicionalmente ligada a contraventores do jogo do bicho. "O carnaval é das escolas e elas se organizam em torno da Liesa. A gente fez três licitações para mudar isso e ninguém veio. É uma manifestação popular. Tirei a prefeitura porque não quero que haja roubo. E não dou subsidio para a Liesa."

Na saída da sabatina, Paes disse que vai continuar sem comentar pesquisas eleitorais que colocam Freixo como seu principal adversário. E afirmou também que vai manter o respeito. "Pesquisa não me deixa eufórico nem me desmotiva, então não vou comentar. Tudo que tenho por todos os meus adversários é respeito. E vai continuar sendo assim até o fim."

 "O deputado sabe muito bem que não tenho relação com milícia", afirmou o prefeito e candidato a reeleição pelo PMDB
"O deputado sabe muito bem que não tenho relação com milícia", afirmou o prefeito e candidato a reeleição pelo PMDB
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Fonte: Terra
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