Em Curitiba, jornal contra Ratinho Jr. vira caso de polícia
- Roger Pereira
- Direto de Curitiba
Na madrugada desta terça-feira, um folheto com ataques e denúncias contra o candidato do PSC à Prefeitura de Curitiba, Ratinho Júnior, intitulado "Chega de mentiras, o povo quer a verdade", foi distribuído nos bairros mais populosos da capital paranaense. Com a foto do prefeito, e candidato à reeleição, Luciano Ducci (PSB), na capa aparecia a assinatura da coligação de Ducci (Curitiba sempre na frente). O material revoltou a equipe de campanha do prefeito que recolheu cópias do jornal e encaminhou a publicação à Polícia Federal para investigação criminal.
Conheça os candidatos a vereador e prefeito de todo o País
Acompanhe as pesquisas eleitorais
Veja o cenário eleitoral nas capitais
Confira quanto ganham os prefeitos e vereadores nas capitais brasileiras
O jornal traz uma série de denúncias contra Ratinho Jr. e seu pai, o apresentador Carlos Massa, o Ratinho; lembra o suposto envolvimento do candidato no caso dos gafanhotos, em que deputados paranaenses foram acusados de desviar os salários de seus funcionários; apresenta o histórico de votações de Ratinho Jr. como deputado federal; e ainda acusa o pai do candidato, antes de se tornar um famoso comunicador, de ter envolvimento com ladrões de caminhão.
A coligação de Ducci nega a autoria do folheto, e diz querer a punição criminal dos responsáveis pela fiscalização. Em nota, a coligação até insinua sua suspeita sobre a autoria do panfleto.
"O golpe grosseiro surge no momento em que Luciano Ducci aparece como líder da disputa pela prefeitura de Curitiba, de acordo com a última pesquisa Ibope RPC. A tentativa fraudulenta de confundir os curitibanos", afirma em nota a coligação de Ducci. "É típica de candidato que a cada pesquisa, vê o repúdio do eleitor revelado em números sempre decrescentes", completa.
Em coletiva, Ratinho Jr. responde aos ataques
"A calúnia é a arma do covarde. Temos que enfrentar esses covardes". Esse foi o tom da coletiva de imprensa do deputado federal Ratinho Júnior (
PSC),
candidato a prefeitode
Curitiba, após a distribuição de jornais com a assinatura da coligação de
Luciano Ducci(
PSB), cuja autoria já foi negada pela equipe do atual prefeito. "Até agora estávamos fora desta briga por trás dos panos, mas não podemos mais deixar a população sem saber o que acontece. São 200 placas destruídas por dia, com gente sendo paga para destruí-las, vários panfletos apócrifos. E, agora, esse, assinado por uma coligação que, agora, atribui a autoria à outra (a de
Gustavo Fruet¿
PDT)", disse o candidato.
Ratinho Júnior disse não haver nenhuma denúncia no panfleto que possa ser provada, levantou a coincidência de todos os textos do material já terem sido publicados no jornal Impacto Paraná, que tem patrocínio da prefeitura e do governo do Estado, e classificou o panfleto como "atitude desesperada de quem não tem o que falar, não tem argumento, não tem proposta e só nos vê crescer".
O advogado da coligação, Guilherme Gonçalves, informou que já protocolou representação no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e denúncia na Polícia Federal. "Recebemos uma ligação ontem, denunciando que este material estava sendo produzido. Fomos ao local (uma gráfica no bairro Boqueirão) e encontramos seis mil exemplares. Não cabe a nós acusar ninguém, mas a política e a Justiça Eleitoral já tem o nome da gráfica, imagens e número das placas dos carros que estavam carregando esses panfletos. Não deve ser muito difícil chegar ao responsável", disse.
Gonçalves pediu a notificação das duas coligações adversárias: de Luciano Ducci e de Gustavo Fruet, para que se expliquem sobre o panfleto e também classificou o material como obra de covarde. "Querem criticar o nosso candidato por sua inexperiência, de maneira digna, podem fazer. Ele responde politicamente, no debate de alto nível e da forma correta. Somos uma coligação que só quer disputar a eleição de forma limpa", disse o advogado, que afirmou que seguirá a orientação de Ratinho Júnior e representar, também, contra o Jornal Impacto, "um jornal safado", segundo o candidato.