Após derrota, Pochmann esconde futuro: "vou conversar com Lula"

Gonçalo Valduga

Após a derrota na disputa pela prefeitura de Campinas (SP), o petista Marcio Pochmann deixou em aberto o seu futuro político nesta terça-feira. Questionado se lançará candidatura a deputado estadual ou federal em 2014, Pochmann afirmou que a decisão se dará em reunião com lideranças do partido. "Não tenho clareza sobre o meu futuro político. Ainda tenho que conversar com as lideranças nacionais, vou conversar com o Lula". O petista foi derrotado em segundo turno por Jonas Donizette (PSB), que obteve 57% dos votos válidos (315.488 votos) contra 42% (231.420).

Confira a situação nas câmaras

Notícias relacionadas

Elon Musk fala sobre ato de Bolsonaro no Rio e diz que Moraes é contra a democracia

Homem vai para UTI após tirar siso em faculdade da Unesp: 'Gritava de dor'

Vereador manobra ambulância do Samu que estava em atendimento e é criticado

Veja os salários dos prefeitos e vereadores das capitais

Nesta terça, o petista deixou o período de descanso de lado para promover um panfletaço de agradecimento aos eleitores nos pontos percorridos durante a campanha. A mobilização também ocorre nesta quarta. "Ao mesmo tempo, também manifestamos a nossa posição de continuar fiscalizando a gestão do novo prefeito. Temos que ter uma participação ativa nesse sentido", cobrou.

Apesar de Campinas ser uma das grandes ambições do PT nacional - o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a cidade para intensificar a campanha -, Marcio Pochmann fez um balanço positivo do resultado nas urnas. "No período de campanha nós sempre crescemos, nunca reduzimos o nosso peso do ponto de vista da recepção da população. O que nos leva a crer que, se a campanha fosse um pouco mais longa, possivelmente o êxito eleitoral seria obtido", analisou. Campinas é a terceira maior cidade do Estado, com mais de 785 mil eleitores.

Na opinião do ex-candidato, o partido sofreu uma derrota eleitoral, mas não política. "Conseguimos constituir um movimento de renovação interna no PT, uma oxigenação na política da cidade, fomos uma candidatura com grande aceitação do ponto de vista programático. Saímos fortes dessa eleição", garantiu.

Com o mesmo perfil de Fernando Haddad, prefeito eleito de São Paulo e escolhido a dedo por Lula, Pochmann não teve a mesma sorte do colega. Vindo da Unicamp, o petista comandou o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) e participou de sua primeira eleição. Apesar das investidas do ex-presidente na cidade, a eleição não teve o final feliz desejado por Lula.