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Política

Aécio minimiza derrota em SP: 'tem uma geração nova se afirmando'

30 out 2012 - 09h51
(atualizado às 10h01)
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O senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dos tucanos cotados para concorrer à presidência em 2014, minimizou a derrota do correligionário José Serra em São Paulo, e exaltou uma "nova geração" do partido surgindo em outras regiões. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele admitiu que a derrota teve repercussão, mas negou um erro na escolha do nome na capital paulista. "O momento em que o Serra resolveu ser candidato ele fez por um apelo do partido. E parecia a candidatura mais sólida. Enfim, perdeu. Ele vai ser uma figura que terá sempre um papel importante nas decisões do PSDB. Isso (a derrota) não diminui o papel do PSDB. Essa foi uma candidatura que nunca foi simples, nunca foi fácil", afirmou o senador, que não detalhou qual pode ser o papel do tucano no partido a partir de agora. "Não sei nem se ele pretende objetivamente algo. Ele vai ser sempre uma figura central no PSDB. Não dá para desprezar os votos que ele teve", disse o senador, esquivando-se de cravar se Serra é cotado para presidir o partido, ou se é presidenciável.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), afirmou hoje em Teresina (PI) que o PSDB não tem líderes e que os tucanos não "entendem e nem aceitam" a popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As declarações foram um recado ao senador Aécio Neves, que atacou Lula durante campanha em Maceió ao afirmar que o "lulismo" não existe mais e que o ex-presidente é "líder de uma facção"
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), afirmou hoje em Teresina (PI) que o PSDB não tem líderes e que os tucanos não "entendem e nem aceitam" a popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As declarações foram um recado ao senador Aécio Neves, que atacou Lula durante campanha em Maceió ao afirmar que o "lulismo" não existe mais e que o ex-presidente é "líder de uma facção"
Foto: Yala Sena / Especial para Terra

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Apesar de perder para o PT o maior colégio eleitoral do País, Aécio acredita que, "no geral, essa eleição não teve um grande derrotado", e destacou o desempenho nas regiões Norte e Nordeste, "onde havíamos sido dizimados nas últimas eleições". "Há figuras novas que já surgiram: o Eduardo (Leite), que ganhou em Pelotas, o menino de Blumenau (Napoleão Bernardes), Firmino (Filho, em Teresina), Maceió (com Rui Palmeira). Tem uma geração nova se afirmando", defendeu ele. Além disso, Aécio ressaltou o papel de oposição do PSDB e afirmou que a influência do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff "do modo como a gente achava que existia, não existe mais". Perguntado sobre a possibilidade de indicar um vice em uma chapa encabeçada por Eduardo Campos (PSB) à presidência em 2014, o senador exaltou o papel de oposição dos tucanos. "O PSDB é a única força de oposição para se apresentar como uma alternativa. Problema quem tem hoje é o governo, para manter a base unida. Vamos apresentar um projeto alternativo e atrair ao longo do caminho forças que estão hoje com o governo", afirmou ele, citando casos como Campinas (SP) e Fortaleza, onde os tucanos se uniram vitoriosamente ao PSB. "Tem um País aberto para uma proposta nova."

Fonte: Terra
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