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Política

Pesquisa: diferença entre candidatos em Campinas é de um ponto e meio

26 out 2012 - 19h34
(atualizado às 19h47)
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Rose Mary de Souza
Direto de Campinas

A julgar pelas últimas pesquisas de intenção de votos, o 2º turno das eleições para prefeito em Campinas está indefinida com os dois candidatos, Jonas Donizette (PSB) e Márcio Pochmann (PT), empatados tecnicamente com uma diferença de meio ponto. Na pesquisa do instituto UP, encomendada pelo jornal Todo Dia e divulgada nesta sexta-feira (26), Donizette tem 42,5% dos votos e Pochmann 41%.

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Mesmo com essa pequena diferença, o candidato socialista aparece à frente do petista no índice de intenção de votos desde as apurações iniciais do 1º turno quando eram sete pleiteantes à prefeitura.

Os votos nulos alcançaram 7,3% e aqueles que não sabiam em quem votar ficou em 9,2%. A análise ocorreu entre os dias 24 e 25 de outubro e foram ouvidas 807 pessoas. A margem de erro é de 3,5 para mais ou para menos. Está registrada no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) sob o número TRE-SP 01913/2012.

Deputado federal e ex-radialista, Donizette alcançou grande penetração na população menos favorecida e isso foi computado nas urnas que chegaram dos bairros periféricos. Márcio Pochmann (PT), postulante escolhido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, era o menos conhecido da grande população campineira, embora tenha estudado e lecionado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) por muitos anos e por ser morador da cidade.

Com o decorrer da campanha e início do horário político no rádio e na TV, Pochmann sairia da terceira posição nas pesquisas, derrubando o atual prefeito Pedro Serafim (PDT) que estava na sua frente, e chegaria com Donizette ao 2º turno.

Na avaliação do Ibope, encomendada pela EPTV, Donizette teve 45% e Pochmann 37%. Ainda segundo as 756 pessoas ouvidas, entre os dias 21 e 23 de outubro, os votos brancos somam 13% e indecisos 5%. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral com o número TRE-SP 01908/2012.

Campanha acirrada

Pesquisas apontam empate técnico entre Jonas Donizette (PSB) e Márcio Pochamnn (PT)
Pesquisas apontam empate técnico entre Jonas Donizette (PSB) e Márcio Pochamnn (PT)
Foto: Site / Terra

A campanha eleitoral começou morna e parecia apenas um acordo entre cavalheiros, mas a subida de Pochmann - que tirou o prefeito Serafim do páreo - pôs fogo na fervura com ataques e discussões mais ideológicos do que programáticos. Após a apuração do 1º turno que deu a Donizette 47,60% e 28,56% para Pochmann os ânimos se elevaram. Os encontros para debates foram quase uma exaustão com grande visibilidade no horário nobre em emissoras de rádio, TV, entidades civis, faculdade e ONGs.

Os temas em debates deram munição para a programação do horário gratuito. O teor das discussões resultaria em dezenas de pedidos de repostas protocolados na Justiça Eleitoral por ambas as partes: algumas chegaram a ser deferidas.

O petista desfilou na cidade com ministros de Estado e senadores da República. Além dos padrinhos ilustres de seu partido, a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva para comícios e gravações para programas de rádio e TV.

O socialista, por sua vez, foi buscar os governadores Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Eduardo Campos (PSB-PE). De Minas Gerais trouxe o ex-governador e senador Aécio Neves (PSDB-MG). Ainda e os deputados federais Romário (PSB-RJ) e Luiza Erundina (PSB-SP) como demonstração de força e prestígio frente ao eleitorado.

Atrás de São Paulo e Guarulhos, Campinas é o terceiro colégio eleitoral do Estado com 785.274 mil eleitores registrados. O orçamento municipal é de R$ 3,5 milhões e o PIB de R$ 27 bilhões e a cidade é cercada por uma malha rodoviária movimentada, com as rodovias Anhanguera, Bandeirantes, D. Pedro I. Além de sediar o segundo maior aeroporto de cargas do Brasil, Aeroporto Internacional de Viracopos.

Cassações, três prefeitos e eleição indireta

Carro-chefe na região que conta com 2,7% do PIB nacional, segundo o IBGE, Campinas viveu um momento singular no último ano. Em um período de nove meses foi administrada por três prefeitos, em razão de dois processos de cassação.

Com as cassações de Hélio de Oliveira Santos (PDT) e do seu vice, que estava na sua vaga, Demétrio Vilagra (PT), acusados de omissão e improbidade, a prefeitura foi colocada nas mãos do vereador e presidente da Câmara, Pedro Serafim (PDT).

O vereador viria a ser eleito em março deste ano por uma eleição indireta com os votos dos vereadores, respondendo ao mandato até o fim de 2012. Dos 33 vereadores da cidade, 15 se reelegeram, dois não se candidataram e outros dois foram barrados pela Lei da Ficha Limpa.

Fonte: Terra
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