Não vamos aderir à baixaria proposta por Lula, diz líder do PSDB
Não vamos aderir à baixaria proposta por Lula, diz líder do PSDB
O líder do PSDB na Câmara Municipal de São Paulo, vereador Floriano Pesaro, lamentou nesta terça-feira as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ontem ironizou o desempenho do pré-candidato tucano José Serra na disputa pela prefeitura da capital. Pesaro não poupou adjetivos para classificar a atuação de Lula como um incentivo à violência e à baixaria no processo eleitoral.
"Isso nos pareceu um certo desespero em relação à potencial vitória do candidato Serra e mostra que Lula se tornou um arrogante, prepotente, que se coloca acima do bem e do mal", afirmou o vereador ao destacar que o PSDB vai seguir trabalhando "com dignidade e seriedade, sem cair na baixaria proposta pelo Lula".
Durante o evento para confirmar o apoio do PCdoB à candidatura do petista Fernando Haddad ontem, Lula disse que a campanha de Serra estava patinando e que, se fosse preciso, iria morder a canela dos adversários para que Haddad seja eleito. "Não tenho a menor dúvida que esse tipo de declaração incita a violência contra os adversários. Essa perseguição, o patrulhamento ideológico é uma prática petista. Fomos vítimas dessa conduta em 2010, fomos atacados de forma desleal pelo PT. E essa prática se repete agora. O que o Lula faz é algo descabido, fora dos padrões de comportamento de qualquer ex-governante. Algo que reflete uma postura autoritária, truculenta, arrogante", disse o vereador.
Pesaro ainda comparou a declaração de Lula com um discurso de José Dirceu em 2010, quando o petista afirmou que era preciso "dar uma surra nos tucanos". "O que o Lula fez lembra muito a afirmação de Dirceu e que resultou, duas semanas depois, em agressão física ao então governador de São Paulo Mario Covas", disse o vereador.
Sobre a afirmação de Lula de que a campanha de Serra estaria patinando, o vereador ainda disse o PSDB tem confiança de que vai vencer a disputa. "A campanha eleitoral começa oficialmente em julho, até lá o que temos é um registro do reconhecimento de cada um. O reconhecimento público em relação ao Serra é de um terço da população de São Paulo. Já o de Haddad não chega a um oitavo".
Ele também afirmou que o ex-presidente Lula mente ao afirmar que Serra deixou a prefeitura da capital em 2006, após a primeira enchente que enfrentou na cidade. "Ele pegou duas enchentes, em janeiro de 2005 e janeiro de 2006. Deixou a prefeitura para ser o governador do Estado. Isso mostra mais uma vez que o presidente mente, confunde, dissimula quando quer atacar os adversários", completou.
