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Política

PMDB: descontentes recorrem a Temer contra 'pão e água' na base

6 mar 2012 - 18h52
(atualizado às 18h55)
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Diogo Alcântara
Direto de Brasília

Insatisfeitos com o tratamento diferenciado do governo com o PT, partido da presidente Dilma Rousseff, deputados peemedebistas entregaram na tarde desta terça-feira um manifesto com 53 assinaturas ao presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB), manifestando descontentamento. Na saída da reunião, eles não pouparam críticas ao Planalto.

"Estamos absolutamente descontentes com o comportamento hegemônico do governo. Tudo é para o PT, e pão e água para os ministérios do PMDB", disse o deputado Darcísio Perondi (RS). "Nós não somos aliados, somos governo", acrescentou o deputado Manuel Júnior (PB).

"Nós estamos vivendo numa encruzilhada, onde o Partido dos Trabalhadores se prepara com ampla estrutura governamental para tirar do PMDB o protagonismo municipalista e assumir seu lugar como maior partido com base municipal no País", diz um trecho do manifesto. O documento conclama políticos peemedebistas para o encontro nacional da legenda, marcado para o dia 17 de maio.

Antes do encontro, o assunto será levado para a cúpula do governo. De acordo com o deputado Danilo Forte (CE), um dos que encabeçam o movimento de insatisfação, o Temer se reunirá com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e com os parlamentares Renan Calheiros (AL), Valdir Raupp (RO) e Henrique Eduardo Alves (RN) para tratar do assunto.

Na semana passada, parte dos deputados do PMDB assinou um manifesto em protesto contra a condução política do governo Dilma Rousseff. Segundo eles, o PMDB não tem tido espaço no governo e ficou de fora da tomada de decisões políticas. Para os insatisfeitos, o Planalto tem privilegiado o PT, mesmo partido da presidente.

Na última sexta-feira, o líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que o governo deveria "acalmar os ânimos" dos rebeldes. "É importante ter o PMDB unido", disse na ocasião, alegando que a reunião de coordenação política do governo deverá abordar o assunto.

Fonte: Terra
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