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Política

Camargo Correa foi a maior doadora nas eleições do Paraná

3 nov 2010 - 15h48
(atualizado às 20h42)
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Roger Pereira
Direto de Curitiba

A campeã de doações a candidatos na eleição 2010 também foi a principal contribuinte da eleição de Beto Richa (PSDB) para o governo do Paraná. A construtora Camargo Correa doou R$ 1,5 milhão ao governador eleito no primeiro turno. A empreiteira, que foi alvo de uma operação da Polícia Federal que investigou crimes financeiros envolvendo doações para partidos políticos, também foi a principal doadora da senadora eleita Gleisi Hoffmann (PT), que recebeu R$ 500 mil da empresa.

A empresa administra a limpeza pública de Curitiba, cidade que era administrada por Beto Richa até março deste ano e foi a responsável pela Linha Verde, obra viária que é considerada a principal realização do tucano na administração da capital paranaense. A Camargo Correa também está concorrendo na licitação para a gestão do lixo de Curitiba e Região Metropolitana.

A eleição do tucano para o governo do Estado custou R$ 23,7 milhões ao comitê financeiro do PSDB, valor semelhante ao da campanha presidencial de Marina Silva (PV), que gastou R$ 24,1 milhões. Até às 15h30 desta quarta-feira (3), ainda não estava disponível no sistema do Tribunal Superior Eleitoral a prestação de contas do senador Osmar Dias (PDT), segundo colocado na eleição estadual.

Senado

As despesas de campanha de Gleisi Hoffmann (PT), candidata mais votado ao Senado no Paraná, confirmam que o partido não poupou esforços para eleger o maior número de parlamentares possível para dar maioria a Dilma Rousseff (PT) no Congresso. A campanha da petista gastou R$ 7,9 milhões, mais que o dobro do candidato que ficou com a segunda vaga, o ex-governador Roberto Requião (PMDB), que gastou R$ 3,1 milhões.

Requião pouco arrecadou em doações de empresas (R$ 250 mil da Votorantim, que construiu pequenas usinas hidrelétricas para alimentar suas fábricas no Estado durante o governo do peemedebista, a maior doação), conseguindo a maior parte de seus recursos de pessoas físicas, como o seu suplente Francisco Simeão, que doou R$ 857 mil à campanha.

Derrotado no primeiro turno da disputa para o governo do Estado, o senador Osmar Dias (PDT) teve a campanha mais cara do Paraná, gastando R$ 29,5 milhões, de acordo com a prestação final de contas divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral. O pedetista também teve a construtora Camargo Correa como principal financiadora, recebendo R$ 5 milhões da empreiteira.

O terceiro colocado, Paulo Salamuni (PV), não informou despesas ao TSE. Os demais candidatos, que não somaram 1% dos votos, também tiveram gastos bem mais modestos: Luiz Felipe Bergmann (Psol), gastou R$ 9 mil e Avanilson Araújo (PSTU), R$ 3,7 mil.

Robinson de Paula (PRTB) e Amadeu Felipe (PCB) não haviam concluído a prestação de contas até às 20h30 desta quarta-feira

Fonte: Especial para Terra
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