PUBLICIDADE

Política

GO: PMDB critica abuso de poder econômico nas eleições

2 nov 2010 - 15h46
Compartilhar
Mirelle Irene
Direto de Goiânia

O presidente do PMDB em Goiás, Adib Elias, avaliou nesta terça-feira (2) a campanha no Estado, em que o candidato do partido, Iris Rezende, foi derrotado por Marconi Perillo (PSDB) na disputa pelo governo. "Não contesto a opinião pública, eu a acato", afirmou. "Eu parabenizo o PSDB, o senador Marconi ganhou as eleições. Agora é esperar que eles cumpram exatamente todas aquelas propostas que fizeram", acrescentou Adib.

Questionado sobre os erros estratégicos na campanha do PMDB que levaram à quarta derrota eleitoral consecutiva para o PSDB, Adib colocou nas dificuldades financeiras da campanha uma das causas. "Não acho que teve erro nenhum. Eu acho que poucas pessoas conseguiriam trabalhar em uma campanha tão exaustivamente como Iris trabalhou", afirmou. "Tivemos, tanto no primeiro, quanto no segundo turno, uma campanha com parcos recursos", observou. "Foi quase uma campanha miserável. E isto dificultou muito, já que nossos adversários tinham recursos suficientes para fazer campanha em todos os locais", disse.

Adib defende uma Reforma Política urgente no País. "Tem que haver, porque senão vai desmoralizar toda a classe política (...) enquanto puder contratar cabos eleitorais, enquanto achar que se tirou os shows artísticos e resolveu o problema, e se continuar colocando bandeira em moto por R$ 500 por mês, pagando para adesivar um carro, e a Justiça toda e nós políticos fingirmos que não estamos vendo o que está acontecendo, infelizmente a política deverá seguir o rumo da extinção", criticou, lamentando a diminuição do espaço eleitoral para uma campanha mais "ideológica".

O ex-governador do Estado, e atual prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), também defende o aperfeiçoamento da legislação eleitoral. "O mundo político, nestes primeiros meses do ano que vem, deve se preocupar com uma reforma eleitoral", disse. "Pobre não tem mais condição de ser candidato no Brasil, o idealista não tem condições de ganhar", pontuou. "Então, tem que acabar com este poder econômico que financia as campanhas, para que todo mundo tenha oportunidade", defendeu.

Fonte: Especial para Terra
Compartilhar
Publicidade