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Política

PR: Beto Richa espera relação republicana com Dilma

1 nov 2010 - 15h54
(atualizado às 17h01)
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Roger Pereira
Direto de Curitiba

O governador eleito do Paraná, Beto Richa (PSDB), disse esperar uma relação republicana com a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), para que o Paraná tenha suas demandas atendidas junto ao governo federal, apesar de o futuro governador ter feito campanha para o adversário de Dilma, José Serra (PSDB).

Presidente Lula e a presidente eleita, Dilma Rousseff, comemoram nesta madrugada a vitória no Palácio da Alvorada
Presidente Lula e a presidente eleita, Dilma Rousseff, comemoram nesta madrugada a vitória no Palácio da Alvorada
Foto: Ricardo Stuckert / Divulgação

"Acabou a eleição. Agora é hora de descer do palanque para podermos discutir. Espero grandeza da futura presidente, afinal ela foi eleita para governar o Brasil de maneira indistinta, seja para o paranaense, seja para o pernambucano. Estarei de braços abertos para trabalharmos de forma conjunta", disse Richa, lembrando que importantes obras de infraestrutura no Estado dependem de recursos federais. "Na prefeitura de Curitiba, não tive problemas em conversar com o presidente Lula", lembrou.

Apesar de não ter conseguido cumprir a meta de dar a Serra uma vantagem superior a 1 milhão de votos, o tucano venceu por 630 mil votos no Paraná, Beto disse estar satisfeito com a campanha tucana no Estado. "Sempre acreditei que poderíamos ampliar a diferença aqui no Paraná e me joguei nessa campanha, pedindo apoio até para quem não me apoiou no primeiro turno. Fizemos nossa parte no Estado. A meta de 1 milhão de vantagem era ousada, para animar a militância, mas conseguimos quase dobrar a diferença do primeiro para o segundo turno".

Para o futuro governador, a popularidade do presidente Lula foi o fator decisivo para a vitória de Dilma. "Faltou mais um pouco de objetividade (a campanha de Serra). Acho que a sociedade brasileira não entendeu bem as propostas. Mas sabíamos que ia ser difícil por conta da popularidade recorde do presidente Lula, que, se não conseguiu transferir votos para o candidato a governador aqui no Paraná, teve êxito na sua sucessora, principalmente na vantagem que conseguiu no Norte e Nordeste, que não conseguimos reverter aqui embaixo", avaliou, dizendo que o PSDB precisa, agora fazer uma reflexão sobre sua participação no cenário nacional, visando às eleições municipais de 2012 e as gerais de 2014.

"Agora o PSDB tem tempo para se reorganizar, repensar seu posicionamento, sua posição como oposição para depois voltar a merecer a confiança da população. Novos nomes vão surgir, embora já temos o do Aécio e o do Geraldo Alckmin", declarou.

Fonte: Especial para Terra
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