Jornal: "Dilma até agora não deu mostras de ter luz própria"
Em seu primeiro editorial, após a definição das eleições presidenciais - que deram vitória à Dilma Rousseff (PT) -, no Brasil, o jornal Folha de S. Paulo destacou a influência do presidente Lula para a reeleição da ex-ministra da Casa Civil e afirmou: "Dilma Rousseff surgiu como um nome imposto por Lula ao mundo político e não deu até agora mostras de possuir experiência política e luz própria para liderar uma das maiores democracias do mundo".
O texto também assinala que a presidente eleita, com 56,05% dos votos válidos, contará com a inédita maioria na Câmara e no Senado. "(esta maioria) é suficiente para patrocinar mudanças constitucionais, que dependem de 3/5 dos votos", explicou.
Ao final, a publicação alerta que será necessário à Dilma "moderação e equilíbrio" e deseja a ela "boa sorte e competência" para governar o País.
Estadão
O O Estado de S. Paulo desta segunda-feira (1/11) preferiu destacar a posição do Brasil no ranking de corrupção mundial. A publicação, que se declarou pró-Serra em um de seus editoriais, afirmou no texto, intitulado Tolerância à corrupção, que "a corrupção é um problema cada vez mais grave no País", que ocupa 69ª posição na lista.
Sem citar a eleição de Dilma, o editorial afirma que o tema não foi destaque na disputa eleitoral e que tomou "lugar secundário" no debate. "O crescimento da economia, com a geração de mais empregos e mais renda, as oportunidades que podem surgir para o País com a realização de grandes competições internacionais, além da imensa popularidade de Lula em consequência deste quadro, como que anestesiam a população, tornando-a mais condescendente com a corrupção".
Para encerrar o texto, o jornal usou uma declaração de Alejandro Salas, diretor da Tranparência Internacional para as Américas: "o assunto não foi central e não está afetando (ele falou antes da realização do segundo turno da eleição presidencial)o apoio aos candidatos".