DF: candidatos pedem votos para presidenciáveis e cometem gafes
- Laryssa Borges
- Direto de Brasília
O debate promovido pela TV Globo nesta quinta-feira (28), o último confronto direto entre os dois candidatos ao governo do Distrito Federal, foi marcado pela tensão de Agnelo Queiroz (PT) e Weslian Roriz (PSC), que cometeram gafes como defender "combater a segurança pública" ou encaminhar uma pergunta a "nosso governador", respectivamente; foi conduzido com a repetição de propostas exploradas desde o início da campanha eleitoral, como a construção de moradias e a melhoria do sistema de saúde, e apresentou a tentativa de vinculação do governo local aos projetos nacionais de Dilma Rousseff (PT) por parte de Agnelo e de José Serra (PSDB) em relação a Weslian Roriz.
Weslian, que teve por decisão judicial de abrir espaço em seu programa eleitoral por exibir o sermão de um padre contra o voto em Dilma Rousseff, citou frequentemente no debate sua "fé" e apego a Deus como mecanismos para lhe garantir, se eleita, um bom governo. Ao apresentar suas propostas e defender a equipe de campanha, afirmou ser supostamente "abençoada" por contar com profissionais de trabalho como os dela.
"A saúde é prioridade. Hoje tivemos a notícia maravilhosa que nosso papa prevê defesa contra o aborto e que seja uma pessoa que a vida seja garantida. Somos contra ao aborto e a favor da vida", disse.
"Quero contar com seu voto no nosso candidato à presidência da República, que é o Serra. Não deixe de votar no Serra. Vote nele pras pessoas viverem felizes. E quero pedir pra você votar em Weslian Roriz, que vai fazer uma Brasília diferente. Nós somos do bem. Só queremos trazer a felicidade para Brasília. Tenho certeza que Deus vai me ajudar para a gente fazer um governo para as pessoas mais carentes. Vou fazer um governo de uma mulher pequena, mas grande no governo, se Deus quiser", completou.
A representante do PSC, que tem explorado em seus programas eleitorais denúncias contra o adversário, incluindo supostos desvios de recursos do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, teve ainda a oportunidade, por sorteio, de questionar o petista sobre o tema corrupção, mas optou por pedir esclarecimentos sobre a aliança formada com o PMDB, do deputado ex-rorizista Tadeu Filippelli.
Agnelo Queiroz, por sua vez, afirmou que sua coligação "só tem ficha limpa". "Na minha administração farei um governo com ética e transparência", observou o petista, afirmando pretender ser "radical no combate à corrupção". Assim como fez em todos os debates do segundo turno, aos quais Weslian faltou alegando "questões de estratégia", o petista relembrou a suposta falta de empenho da adversária de debater publicamente temas de interesse do Distrito Federal.
Nos temas regionais, tanto Agnelo Queiroz quanto Weslian Roriz defenderam em linhas gerais a regularização de lotes, a valorização de policiais para garantir melhor segurança pública e a melhoria do sistema de saúde público.